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Flamengo v Cruzeiro - Brasileirao 2025Getty Images Sport

De chuteira “homenageando ex” a fazer cera para o Cruzeiro: como foi o primeiro reencontro de Gabigol com o Flamengo no Maracanã

A primeira vez, a gente nunca esquece. O primeiro jogo de Gabigol pelo Flamengo foi contra o Resende, pelo Campeonato Carioca de 2019. O primeiro gol? Contra o Americano, em sua sexta partida pelo Rubro-Negro, também pelo estadual daquele ano. Só que a vida anda. E depois de muitos gols, recordes e títulos, Gabriel Barbosa deixou o Flamengo em 2024. Disso, todos já sabemos.

Ele joga agora pelo Cruzeiro e até já fez gol sobre os rubro-negros, na condição de ídolo que atua em outra equipe: na sétima rodada do Brasileirão 2025, um gol de pênalti de Gabriel decretou os 2 a 1 da Raposa. Mas o empate por 1 a 1, pela 26ª rodada, reservou uma outra primeira vez especial: a primeira de Gabigol dentro do Maracanã, enfrentando Flamengo e sua torcida, sendo, ele próprio, já um ídolo histórico do mais alto panteão do clube.

Gabigol não deixou passar batido a ocasião. Utilizou uma chuteira onde, no calcanhar, havia um coração dividido: a metade azul representava seu time atual, a metade vermelha era o clube que definiu sua carreira. Antes de a bola rolar, abraçou seus velhos amigos. Pedro, Filipe Luís (com quem chegou a ter problemas em seus últimos capítulos como jogador do clube) e vários outros. E, claro, reeditou a comemoração unindo as pontas dos dedos com os de Bruno Henrique, a “fusão” que tantas vezes sacudiu o Maracanã.

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    No banco durante quase todo o jogo

    Um momento de memória coletiva, não deixa de ser. O Flamengo já enfrentou outros ídolos antigos em sua casa -- como acontece com todo clube, já que no final das contas o futebol é profissional. Mas nenhum outro esteve nesta condição tendo carregado tanta identificação, e números tão expressivos, quanto Gabigol Barbosa. Não é exagero dizer que, entre 2019 e 2022, poucos jogadores no Brasil e na América do Sul  atingiram tamanho protagonismo em finais, decisões e idolatria.

    Mas foi do banco de reservas que Gabriel viu a maior parte do jogo. Já faz um tempo que ele não é titular do time treinado pelo português Leonardo Jardim, apesar de se mostrar útil em várias ocasiões – como no golaço que marcou sobre o Bahia, além do já citado tento contra o Fla, no início do Brasileirão. Ao todo, em 37 jogos foram 12 gols e quatro assistências.

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    Dez minutos, cera e cartão

    No intervalo deste Flamengo e Cruzeiro, chegou a reclamar com o juiz pelo critério de arbitragem que vinha sendo utilizado. Foi apenas nos minutos finais do segundo tempo que ele deixou o banco de reservas para entrar em campo, substituindo Kaio Jorge, titular do Cruzeiro e artilheiro deste Brasileirão. Nos cerca de 10 minutos que esteve pisando no gramado, o camisa 9 não conseguiu arriscar finalização. Sua equipe estava em desvantagem numérica, após a expulsão de William.

    Gabigol foi pego em impedimento uma vez, apareceu para duas divididas, fez uma falta e, já no fim, sofreu uma outra. Valorizou o tempo para ajudar o Cruzeiro a ficar com o empate no Maracanã – e levou um cartão amarelo pela ‘cera’. Um reencontro sem gols, mas com muito sentimento envolvido. Gabriel até pode retornar ao Maracanã para enfrentar o Flamengo, e será sempre uma ocasião especial para os rubro-negros que estiverem no estádio. E para o próprio atacante. Mas nesta noite de 2 de outubro, foi a primeira vez.

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    O grande vencedor na noite de empate

    O empate sem gols não foi bom nem para Flamengo, que deixa de vencer em casa para aumentar sua vantagem na ponta da tabela, nem para o Cruzeiro, que apesar do pontinho somado com menos um em campo, também não conseguiu se aproximar do líder. Talvez, quietinho, Gabigol, de certa forma, tenha saído com a sensação de ter sido o grande vencedor da noite. Mesmo jogando menos de 10 minutos, mesmo sem ter feito gol, sem vitória de ambos os lados. Seria difícil discordar dele nessa.

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