Nada se cria, tudo se copia. Quando Abelardo Barbosa, o Chacrinha, cravou esta frase, estava se referindo à televisão. Mas a sentença carrega consigo uma universalidade gigantesca, que também atinge, dentre outras coisas, o futebol. Ora, não há nada errado em copiar se a inspiração for boa e, caso a ética permitir, se parecer adequado. Só que é preciso fazer direito. E o futebol sul-americano falhou miseravelmente nesta missão.
Quando a Conmebol decidiu que as finais de suas competições de clubes – Libertadores e Copa Sul-Americana – seriam decididas em jogos únicos, como acontece na Europa, e não mais ao longo de encontros em ida e volta, achou que um simples “Ctrl C + Ctrl V” seria o suficiente para transformar algo que dava certo há décadas em um sucesso ainda maior.
A realidade óbvia, contudo, mostra um fracasso constrangedor que põe em cheque, ou ao menos deveria por, as finais únicas de Libertadores e Copa Sul-Americana. Estamos na quinta temporada desde que a Conmebol resolveu mexer em uma das poucas coisas que ninguém reclamava em suas competições. Já tivemos finais que mudaram de sede na última hora, estádios parcialmente vazios e arenas já se repetindo como palco da finalíssima. Está na hora de acabar com isso.

.jpg?auto=webp&format=pjpg&width=3840&quality=60)


.jpg?auto=webp&format=pjpg&width=3840&quality=60)