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Europe winners losers Xabi Alonso Lamine Yamal GFX 16:9Getty/GOAL

Arsenal com heroi brasileiro, Lamine Yamal de volta e Real Madrid em seu pior jogo até aqui: os vencedores e os perdedores do final de semana na Europa

O Bayern de Munique, por sua vez, manteve a campanha perfeita na defesa do título da Bundesliga ao atropelar o Werder Bremen na sexta-feira (26), com Harry Kane fazendo mais história no processo de credenciamento como grande nome na história da Baviera.

Já o Paris Saint-Germain voltou a vencer após perder a invencibilidade contra o Olympique de Marseille na rodada anterior, batendo o Auxerre por 2 a 0 no Parc des Princes, mesmo sem a presença de seu astro e enfim Bola de Ouro Ousmane Dembélé. 

Mas é claro, esses não foram os únicos destaques da rodada pelo Velho Continente. A seguir, a GOAL aponta os principais vencedores e perdedores do fim de semana nas maiores ligas da Europa.

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  • Atletico de Madrid v Real Madrid CF - LaLiga EA SportsGetty Images Sport

    VENCEDOR: Julián Álvarez

    Julián Álvarez mostrou que não se intimida. Ele não pensou duas vezes antes de assumir a responsabilidade quando o Atlético de Madrid teve um pênalti a seu favor no início do segundo tempo do emocionante clássico contra o Real, no Metropolitano.

    Da última vez que havia cobrado uma penalidade diante do rival, uma infelicidade por dar dois toques na bola custou ao Atleti a vaga nas quartas de final da Champions League. Desta vez, no entanto, o argentino manteve o equilíbrio e a frieza para colocar os colchoneros em vantagem por 3 a 2.

    Doze minutos depois, Álvarez voltou a marcar, desta vez em uma cobrança magistral de falta, chegando a cinco gols em duas partidas de LaLiga, depois de passar em branco nas quatro anteriores.

    “Eu vinha tendo chances”, disse após a surpreendente vitória por 5 a 2 sobre o Real. “Teria sido mais preocupante se não estivesse tendo, então estava tranquilo. Só precisava ser mais eficiente e aproveitar melhor as oportunidades.”

    E foi exatamente isso que ele fez contra Real e Rayo Vallecano, ajudando o Atlético a dobrar sua pontuação e subir para a quarta posição. Mais importante ainda, a grande fase de Álvarez também serviu para acalmar rumores de insatisfação no clube.

    “Me sinto muito bem cuidado aqui”, reforçou no sábado (27). “Trabalho todos os dias para melhorar e ajudar o time. A temporada é longa, tem muita coisa pela frente.” Apesar disso, completou: “Eu só penso no curto prazo, nada além disso.”

    Álvarez, portanto, segue como um jogador para se observar de perto por diversos motivos.

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  • Atletico de Madrid v Real Madrid CF - LaLiga EA SportsGetty Images Sport

    PERDEDOR: Xabi Alonso

    Diego Simeone não conteve a emoção após a histórica goleada no clássico contra o Real. Na quarta-feira (24), contra o Rayo, o Atlético perdia por 2 a 1 a menos de 10 minutos do fim e corria sério risco de ampliar o pior início de temporada da era Simeone. Mas, depois da reação inspirada por Álvarez contra o Rayo e do atropelo diante do maior rival, o técnico argentino chorava de alegria.

    “Chorei no fim porque tinha muitas emoções guardadas”, admitiu Simeone. “A temporada começou de maneira muito complicada e há muito esforço de pessoas que não aparecem, então isso foi maravilhoso.”

    Xabi Alonso, por sua vez, viveu sensações opostas após a derrota humilhante. “Estamos machucados, assim como os torcedores”, afirmou o ex-treinador do Bayer Leverkusen. “Foi um clássico e uma derrota merecida. Fizemos um mau jogo. Não começamos bem, não jogamos bem coletivamente, com e sem a bola.”

    Alonso havia vencido os seis primeiros jogos do Campeonato Espanhol à frente do Real, mas já havia a sensação de que o brilho de Kylian Mbappé mascarava problemas no meio e na defesa. O clássico escancarou essa realidade.

    O francês chegou a empatar com um gol típico de artilheiro no primeiro tempo, mas deixou o campo visivelmente frustrado com a atuação apática do time.

    A volta de Jude Bellingham, recuperado fisicamente mas ainda sem disciplina tática, mostrou-se uma decisão precipitada, algo que Alonso precisou justificar na coletiva. Além disso, a fragilidade aérea da equipe ficou evidente diante do Atlético.

    Alonso está certo ao dizer que o Real ainda está em “fase de construção”, mas já é claro que o projeto não está tão avançado quanto alguns torcedores e comentaristas imaginavam.

  • FC Bayern München v SV Werder Bremen - BundesligaGetty Images Sport

    VENCEDOR: Harry Kane

    Nos últimos dias, muito se falou sobre um possível retorno de Harry Kane ao Tottenham. Thomas Frank, técnico do Brentford, chegou a dizer publicamente que “gostaria de ver Kane de volta” a Londres, mas também previu que o capitão da seleção inglesa “provavelmente continuará no Bayern e jogando em alto nível”, e, de fato, é difícil discordar. Kane parece feliz em Munique, e isso se reflete dentro de campo.

    Depois de encerrar sua seca de títulos ao conquistar a Bundesliga na temporada passada, o atacante inglês vem quebrando recordes atrás de recordes. Na sexta-feira (26), estabeleceu mais uma marca, talvez a mais impressionante até agora.

    Com os dois gols na vitória por 4 a 0 sobre o Werder Bremen, Kane chegou a 100 gols pelo Bayern em apenas 104 partidas. Nenhum jogador das cinco principais ligas da Europa alcançou essa marca em menos jogos desde 2000. Nem Cristiano Ronaldo, nem Erling Haaland, já que ambos precisaram de 105 partidas para Real Madrid e Manchester City, respectivamente.

    “Do ponto de vista pessoal, marcar 100 gols pelo Bayern é algo que me deixa extremamente orgulhoso”, escreveu Kane no Instagram. “Tenho o privilégio de jogar por este grande clube e alcançar isso em tempo recorde, 104 jogos, é algo de que me orgulho muito.”

    Ainda mais animador para o Bayern foi a declaração de Kane sobre não pensar em voltar à Inglaterra. “Estou muito feliz aqui”, afirmou. “Tenho mais dois anos de contrato. Estou aproveitando cada momento. [Voltar à Premier League] não passa pela minha cabeça. Estou curtindo com o time, com o treinador, e espero que sigamos conquistando coisas.”

    Se mantiver essa média absurda de gols, há grandes chances de isso acontecer.

  • FBL-ITA-SERIEA-MILAN-NAPOLIAFP

    PERDEDORES: Críticos de Allegri

    A abordagem maquiavélica de Massimiliano Allegri, ao famoso estilo “os fins justificam os meios”, nunca agradou a todos. Mesmo na Juventus, onde o lema é “vencer é o que importa”, muitos torcedores ficaram satisfeitos com sua saída após uma segunda passagem marcada por futebol burocrático em Turim. Por isso, parte da torcida do Milan recebeu com desconfiança a decisão de recontratá-lo na janela do meio do ano. Como diz o ditado italiano: “Sopa requentada nunca é boa.”

    No entanto, 14 anos depois de conquistar um Scudetto com o Milan, já há quem fale em repetição da façanha, o que é notável, considerando que Allegri estreou nesta Serie A com uma vexatória derrota em casa para o modesto Cremonese.

    Desde então, os rossoneri emendaram quatro vitórias seguidas, incluindo um triunfo de personalidade por 2 a 1 sobre o Napoli no domingo, que os colocou na liderança da Serie A pelo saldo de gols.

    Ainda é cedo, claro. Mas o Milan mostrou intensidade ofensiva no primeiro tempo e enorme solidez na etapa final da vitória sobre o time de Antonio Conte, sobretudo depois da expulsão de Pervis Estupiñán.

    As dúvidas sobre a real força do elenco de Allegri permanecem, mas vale lembrar que o Milan não disputa competições europeias nesta temporada. Assim, pensar em briga pelo título não parece tão absurdo assim.

  • AC Milan v SSC Napoli - Serie AGetty Images Sport

    PERDEDOR: Kevin De Bruyne

    Na noite que prometia ser um verdadeiro “festival de estrelas” no San Siro, Christian Pulisic brilhou mais que a maioria: deu assistência para o primeiro gol do Milan contra o Napoli e marcou o segundo em seguida.

    Kevin De Bruyne, porém, parecia disposto a ofuscar o norte-americano, até deixar o campo cedo demais. Após converter com categoria o pênalti que diminuiu a desvantagem napolitana, o belga foi substituído junto com Scott McTominay e Rasmus Højlund restando ainda 18 minutos de jogo.

    Se a saída de Højlund pode ser entendida pela má atuação do atacante, as de McTominay, eleito MVP do último Campeonato Italiano, e de De Bruyne causaram estranheza.

    Conte, criticado também por lançar os reforços Luca Marianucci e Miguel Gutiérrez em um jogo tão importante, defendeu suas escolhas ao DAZN: “Tentei colocar sangue novo, já que o Milan estava recuado, e precisávamos de algo diferente. Achei que eram as mudanças certas naquele momento.”

    De Bruyne não compartilhou da visão. Saiu visivelmente irritado e recebeu um recado direto do treinador: “Espero que ele tenha ficado chateado com o resultado, porque se foi por outro motivo, está lidando com a pessoa errada”, disparou Conte.

  • FBL-FRA-LIGUE1-PSG-AUXERREAFP

    VENCEDOR: Base do PSG

    Como já destacamos na semana passada, a participação do Paris Saint-Germain no Mundial de Clubes pode cobrar caro por conta da ausência de pré-temporada adequada.

    Luis Enrique já perdeu Ousmane Dembélé, Désiré Doué, João Neves e Marquinhos por lesão. No sábado (27), Khvicha Kvaratskhelia e Vitinha também saíram machucados na vitória por 2 a 0 sobre o Auxerre, e o PSG pode ter até seis desfalques importantes para o duelo de Champions contra o Barcelona.

    Ainda assim, o fim de semana trouxe uma boa notícia: as estreias de Quentin Ndjantou e Mathis Jangeal, jovens que o treinador chama de “Les Titis”.

    Aos 18 anos, Ndjantou entrou pouco depois da hora de jogo no lugar de Senny Mayulu, outro produto da base parisiense. Já Jangeal, de 17 anos, substituiu Lee Kang-in a 10 minutos do fim.

    “Estou muito feliz por ter estreado no clube que amo, ainda mais entrando no Parc des Princes. É um dia que ficará na memória para sempre. Ver o Quentin entrar antes de mim me deu confiança”, declarou Jangeal ao site oficial do clube.

    Em meio aos gastos milionários em contratações, fica claro que os garotos da base do PSG têm se motivado com a confiança e o espaço concedidos. Forçado pelas ausências, Luis Enrique ainda recebeu agradecimento de Ndjantou: “Sou grato ao treinador pela confiança que mostrou em nós.”

    E, pelo que se viu em campo, os “Titis” têm tudo para retribuir, oferecendo soluções internas aos problemas de lesão do elenco.

  • FBL-ESP-LIGA-BARCELONA-REAL SOCIEDADAFP

    VENCEDOR: Lamine Yamal

    Depois de marcar ou assistir nos três primeiros jogos da nova LaLiga, Lamine Yamal sofreu uma lesão na virilha que o deixou fora por um mês. O Barcelona até venceu quatro partidas seguidas sem ele, mas ficou claro contra a Real Sociedad, no domingo (28), que a equipe não é a mesma sem o vice da Bola de Ouro.

    O jogo no Estádio Olímpico Lluís Companys estava empatado, e o Barça corria risco de desperdiçar a chance de assumir a liderança. Então, Hansi Flick acionou Yamal no segundo tempo. Pouco mais de um minuto depois, o garoto de 18 anos serviu Robert Lewandowski para o gol da vitória por 2 a 1.

    “Foi uma vitória de equipe”, destacou Flick após a partida. “Mas é ótimo ter Yamal de volta. Todos viram o jogador fantástico que ele é.”

    O Barça não sofre por falta de talentos ofensivos. La Masia segue revelando promessas, como mostrou a estreia do jovem Dro Fernández, de 17 anos, contra a Real Sociedad.

    Mas não há como negar: o clube não formava alguém do nível de Yamal desde Lionel Messi. E o ponta vem deixando impacto imediato toda vez que entra em campo.

    A tendência é que siga evoluindo cada vez mais, uma excelente notícia para o Barça e à seleção espanhola, mas um alerta para quem sonha em disputar a Bola de Ouro de 2026: se mantiver a forma física, dificilmente terá concorrência na votação.

  • Newcastle United v Arsenal - Premier LeagueGetty Images Sport

    VENCEDORA: Bola parada do Arsenal

    A força do Arsenal nas bolas paradas não é novidade, mas continua impressionante. O gol de Mikel Merino, em St. James’ Park, foi o 35º dos Gunners em escanteios desde o início da temporada 2023/24. E o 36º parecia inevitável quando Martin Odegaard foi para a cobrança já nos acréscimos, aos 51 minutos do segundo tempo.

    O cabeceio certeiro de Gabriel Magalhães foi o sétimo gol do Arsenal em jogadas de bola parada sem ser de pênalti nesta temporada, de um total de 12 marcados até aqui. Isso coloca o time no caminho para superar o recorde da liga de 16 gols em escanteios, igualado na temporada passada. Todo mundo sabe o quanto o Arsenal é letal nesse tipo de jogada, e não é difícil imaginar o impacto psicológico nos adversários sempre que veem Declan Rice ou Odegaard se preparando para bater um escanteio.

    Essa arma mortal permitiu ao Arsenal encerrar uma sequência de três derrotas sem marcar gols em St. James’ Park e recolocar a equipe na briga pelo título em questão de minutos.

  • Ruben Amorim Manchester United 2025-26Getty

    PERDEDOR: Caos do Manchester United

    Os torcedores do Manchester United viajaram para encarar o Brentford, equipe em crise na Premier League, acreditando que poderiam enfim emendar duas vitórias seguidas e ganhar confiança antes da Data Fifa. Mas os Red Devils saíram de Londres com a terceira derrota em seis jogos e com cada vez mais dúvidas sobre quando Rúben Amorim será demitido. Não é se vai ou como, mas quando será.

    A atuação foi desastrosa em vários aspectos. O time sofreu dois gols em lançamentos longos, justamente o que Amorim dizia ter treinado durante a semana. Criou pouco diante de uma defesa que tinha o terceiro pior desempenho antes da rodada. E quando teve a chance de empatar em cobrança de pênalti, Bruno Fernandes desperdiçou.

    Demitir Amorim parece o caminho óbvio, já que, após quase um ano no cargo, ainda não mostrou sinais de conseguir transformar o United. Mas dispensar o treinador em quem Sir Jim Ratcliffe e a diretoria depositaram tanta confiança seria um vexame institucional. Independentemente da decisão, o fato é que o United está sem rumo.

    “Eu não reconheço esse clube”, disparou Wayne Rooney, maior artilheiro da história do time. “Não vejo jogadores lutando, não vejo caráter, não vejo vontade de vencer. Vou ao estádio esperando sempre o pior, que o time perca ou, no máximo, arranque um empate.”

  • Chelsea v Brighton & Hove Albion - Premier LeagueGetty Images Sport

    PERDEDORA: Crise dos cartões vermelhos no Chelsea

    As derrotas do Chelsea têm tido uma explicação simples: expulsões. A derrota por 3 a 1 em casa para o Brighton foi a quarta em cinco tropeços em que os Blues tiveram um jogador expulso. Já haviam ficado com 10 homens contra o Flamengo no Mundial de Clubes. Agora, contra o Manchester United na Premier League. Sem contar contra o Newcastle na temporada passada.

    Enzo Maresca não escondeu a frustração com a falta de disciplina da equipe. “O que estamos fazendo é dar presentes em forma de cartões vermelhos, e isso muda completamente os jogos. É um erro enorme”, disse o italiano após ver o Brighton marcar três vezes nos 13 minutos finais mais acréscimos.

    A irritação é compreensível. O time estava a caminho da vitória até a expulsão de Chalobah. Contra o United, em igualdade numérica, talvez tivessem vencido em Old Trafford. No total, a indisciplina já custou seis pontos, que colocariam o Chelsea na vice-liderança da Premier League.

  • FBL-ENG-PR-CRYSTAL PALACE-LIVERPOOLAFP

    VENCEDORA: Corrida pelo título da Premier League

    Os dramas nos acréscimos em Selhurst Park e St. James’ Park não só renderam grandes jogos, como também mexeram diretamente na tabela. A vantagem do Liverpool, que era de cinco pontos, caiu para dois. O time de Arne Slot sabe que terá uma briga real para defender a coroa, em vez do passeio que parecia se desenhar na semana passada.

    Agora são seis equipes dentro de uma diferença de cinco pontos para os líderes. Embora muitos acreditem que o fôlego de Crystal Palace, Bournemouth e Sunderland deve diminuir, Arsenal e Manchester City dão sinais claros de que podem disputar o título até o fim. O City sofreu para impor seu jogo contra o Burnley, mas no fim goleou por 5 a 1, com dois gols tardios de Erling Haaland, mostrando que voltou a ser temido.

    Se a forma avassaladora como o Liverpool conquistou a Premier League na temporada passada foi impressionante, também não foi nada emocionante. E a verdade é que, fora jogadores, comissão técnica e torcedores dos Reds, ninguém quer ver novamente uma corrida pelo título sem graça.