Os 20 maiores ídolos da história do Internacional

O zagueiro paraguaio foi um dos poucos jogadores a entrarem para o status de ídolo colorado nos anos 90, quando o clube acabou relegado à sombra do maior rival. Conquistou o Gauchão de 97 antes de se transferir ao Benfica de Portugal (e, depois disso, retornar ao Brasil pelo Corinthians, quando também fez sucesso. Foi considerado um dos maiores defensores do planeta em sua época.

No Inter, Bolívar passou a atuar como zagueiro, tornando-se um dos jogadores mais vitoriosos e um dos maiores ídolos da história do Sport Club Internacional .

Nilmar é o autor da inesquecível bicicleta que garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Internazionale na final da Dubai Cup, garantindo a vitória e o título para o Inter.

Em 2008, Nilmar ajudou o Internacional marcando, na prorrogação, o gol que deu ao clube o inédito título da Copa Sul-Americana, sendo considerado o artilheiro da competição, com cinco gols. Pelas excelentes atuações, ele é lembrado como um dos maiores craques do Inter.

Meia revelado no próprio Inter, Carpegiani formou grande dupla com Falcão nos anos 1970, vencendo os Brasileiros de 1976 e 1977, além de sete edições do Campeonato Gaúcho. Colecionou ainda duas passagens como treinador, em 1985 e 1989.

O meia, que reforçou a equipe com as credenciais de uma grande passagem pelo Atlético-PR, nunca chegou a dar grande contribuição em campo, embora sua condição de 'talismã' sempre tenha aparecido em um jogo e outro. Nada disso importa, pois, quando a situação realmente pediu, foi Adriano Gabiru quem colocou o Inter no panteão dos campeões mundiais: substituindo o ídolo e capitão Fernandão, o jogador colocou seu nome na história ao anotar o único gol da vitória colorada sobre o vitorioso Barcelona, em Yokohama.

O meio-campista Tinga esteve presente em parte das maiores conquistas do clube. Embora tenha sido revelado pelo maior rival, foi no Colorado que ele venceu duas Libertadores e marcou seu nome na história.

Taffarel é um dos maiores goleiros de todos os tempos do futebol brasileiro, sendo adorado pela torcida colorada devido às suas grandes atuações no Inter.

Se jogadores como Falcão e Carpegiani puderam brilhar pelo Inter nos anos 70, é porque a defesa contava com um verdadeiro 'carregador de piano' para permitir a liberdade dos meias e atacantes: este era Luis Carlos Melo Lopes, que mostrou em campo porque um volante nunca pode ser subestimado – mesmo que atue ao lado de uma geração tão brilhante como aquela.

Poucas coisas deram certo para o Internacional em 2002 (pra não dizer quase nada), com o grupo formado por vários atletas emprestados indo do título gaúcho ao quase rebaixamento no Brasileirão daquele ano. O ponto positivo, e que ajudou a eclipsar a péssima temporada, foi a chegada do experiente Clemer, que logo se tornou uma das referências técnicas e 'espirituais' do Inter que galgaria conquistas rumo ao topo do mundo. É bem verdade que cometia milagres quase à mesma proporção de trapalhadas, mas sua posição como o dono da camisa 1 desde aquele tempo nunca foi questionada.

Larry Pinto de Faria é sempre referenciado como um dos grandes jogadores a terem vestido a camisa colorada, em virtude de sua técnica acima da média e o faro de gol que o colocaram em sexto na artilharia histórica do Inter, com 176 gols marcados. Formou uma grande dupla de ataque com Bodinho que, na sua época, só ficava devendo para o Santos com sua Pelé-Coutinho.

Ponta esquerda – e por vezes, direita - Osmar Fortes Barcellos foi revelado pelo próprio Inter e é considerado, até hoje, um dos maiores atletas gaúchos de todos os tempos: fez parte do chamado 'Rolo Compressor' que fez história nos anos 40, se tornando o quinto maior artilheiro do clube (178 gols), e terceiro colorado com mais gols em Gre-Nais.

Consagrado no Botafogo dos anos 50 e 60, o pernambucano Manga chegou ao Beira-Rio aos quase 40 anos de idade para marcar época como um dos grandes arqueiros colorados, conquistando dois títulos brasileiros em sua breve passagem por Porto Alegre. Retornou ao clube em 2010, participando da preparação dos goleiros das categorias de base coloradas e de eventos consulares pelo clube até 2012.

Ele nunca chegou a ser tratado como 'A' grande promessa colorada, logo virou talismã e se consagrou como herói na Copa Libertadores (duas vezes). Sóbis estreou com um gol no clássico contra o Juventude e, no ano seguinte, foi um dos artilheiros do vice-campeonato do Inter no Brasileirão com 19 gols. Brilhou no título da Libertadores de 2006, com direito a dois gols em pleno Morumbi na decisão contra o São Paulo. Retornou quatro anos mais tarde para marcar, mais uma vez, na final contra o Chivas no Beira-Rio. Saiu brigado com a direção, mas a torcida nunca vai esquecer as inúmeras demonstrações públicas de amor pelo clube alvirrubro.

O momento-chave que colocou Marcos Antônio de Lima no coração dos colorados também foi na final do Mundial, muito embora quase o tenha tirado de campo: com o nariz sangrando após uma disputa de bola, o defensor jogou os minutos finais no sacrifício, garantindo que o Inter mantivesse a vantagem sobre o Barcelona. Claro, os sete títulos gaúchos, dois da Libertadores, duas Recopas e a Sul-Americana também consagraram este jogador no Beira-Rio, nono com mais jogos disputados (391) e o zagueiro com mais gols pelo clube (33), superando até o lendário Elías Figueroa.

Contratado pela experiência já demonstrada no cenário nacional e internacional, Iarley conquistou os colorados pela dedicação e pela identificação que construiu junto ao clube ao longo de sua passagem. O baixinho de Quixeramobim era um verdadeiro gigante dentro de campo, especialmente na final do Mundial de 2006 contra o Barcelona, quando armou o contragolpe do gol do título e ainda liderar o Inter contra a pressão catalã nos minutos finais.

Se Figueroa comandava a defesa, e Falcão o meio-de-campo, era Valdomiro quem se destacava no ataque colorado dos vitoriosos anos 70, claro, sempre na companhia de grandes homens de área. Superou muitas críticas no início para virar o dono da ponta direita colorada, e se destacando por grandes gols em cobranças de escanteio e faltas, especialidades até hoje pouco desafiadas por qualquer outro jogador a ter vestido o manto alvirrubro.

'Don' Eliás Ricardo Figueroa Brander é não só o maior zagueiro a ter vestido a camisa do Inter, como também reconhecido como um dos melhores de sua posição em todos os tempos. Passar por ele era o desafio máximo de qualquer atacante, e pará-lo pelo alto quando subia ao ataque, o pesadelo de qualquer defesa: os cruzeirenses que o digam, já que foi contra os mineiros que o chileno apareceu, exatamente num vão de luz do sol que aparecia na grande área do Beira-Rio, para marcar o gol do primeiro título brasileiro, em 1975. E, mesmo assim, 'O Iluminado' fez muito mais para merecer o carinho eterno do torcedor.

Argentino contratado ao final da era Fernandão, 'D'Ale' foi o grande ídolo colorado recente até acertar sua volta ao futebol argentino recentemente. Meia de temperamento explosivo, mas de talento igualmente capaz de liquidar com a defesa adversária, aos poucos assumiu o posto de líder no Inter até ficar de vez com a braçadeira de capitão. Virou um especialista em vencer o rival Grêmio, contra o qual também colecionou polêmicas dentro e fora de campo. O choro em sua despedida 'parcial' no Beira-Rio em 2016, e a presença maciça de torcedores para vê-lo pela última vez naquele ano, dão bem conta da dimensão de sua importância como ídolo.

Com poucos minutos em campo, o torcedor colorado já tinha certeza que Fernando Lúcio da Costa se tornaria um dos grandes da história do clube: foi dele o gol de número 1000 em clássicos Gre-Nal, em 2004, o que logo fez grudar o apelido de 'O Predestinado' no futuro capitão do Mundial do Inter. Alto, de técnica refinada e inteligência acima da média, Fernandão anotou 77 gols pelo Inter e construiu uma sólida relação com o clube de Porto Alegre, ao ponto de ter se tornado dirigente e depois técnico da equipe por um breve período. Faleceu em 2014 após um acidente de helicóptero, e foi eternizado com uma estátua em frente a casa colorada às margens do Rio Guaíba.

O melhor jogador colorado de todos os tempos surgiu à época dos centromédios, atletas de meio de campo capazes de produzir tanto para a defesa quanto para o ataque. E Paulo Roberto Falcão, o mesmo que viria a se tornar mais tarde o 'Rei de Roma', era um dos melhores no quesito. Fez parte dos principais títulos colorados nos anos 1970, inclusive o único Brasileirão invicto a ser conquistado por uma equipe, além do grupo que foi até a decisão da Copa Libertadores de 1980, tornando o Inter a primeira equipe gaúcha a chegar tão longe na competição continental. Teve passagens malsucedidas fora de campo no Beira-Rio, mas sua idolatria também figura entre aquelas que resistem a qualquer abalo.