Yan Couto NxGnGetty/Goal

Yan Couto: o lateral “The Flash” que encantou Barcelona e City

Yan Bueno Couto nasceu dias antes de a seleção brasileira iniciar a sua vitoriosa caminhada rumo ao penta, na Copa do Mundo de 2002. Uma conquista marcada, dentre tantas coisas, pela habilidade e força física dos laterais e pela cena de Cafu, o lateral-direito, levantado a taça.

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Em meio às festas que seguiram pelos quatro cantos do país, normal que ninguém imaginasse que um candidato a herdeiro da posição de Cafu estivesse com poucos dias de vida. Mas a fábrica de jogadores no Brasil não para. Enquanto você lê este texto, um futuro jogador de futebol está por aí, esperando a passagem do tempo para ter o talento talhado antes de surgir com destaque em algum lugar.

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Yan Couto começou a ser talhado inicialmente pela sua família – um porto seguro sempre relembrado pelo jogador – antes de, com dez anos de idade, chegar ao Coritiba. O raciocínio rápido e a capacidade de improvisação foram reforçados no futebol de salão, uma similaridade com Alex, um dos maiores craques do nosso futebol. O ex-meia do Coxa, que também fez história por clubes como Cruzeiro, Palmeiras e Fenerbahce, já teceu elogios à habilidade do garoto.

Mas foi no gramado que Yan começou a desenvolver outro de seus pontos fortes: o vigor físico. Ter fôlego é uma das principais características na cartilha de laterais, uma vez que são jogadores cobrados tanto pela participação no ataque quanto na defesa. Yan é um obcecado pelo cuidado com o próprio corpo.

Yan Couto Brasil sub-17 Coritiba 2019Alexandre Loureiro/CBF
Foto: Alexandre Loureiro/CBF

Em entrevista ao site da CBF, chegou a dizer que se não fosse jogador de futebol seria professor de educação física – e revelou que sua série favorita é a do herói The Flash, cujo diferencial é a velocidade fora do comum.

Esta obsessão é uma inspiração, também, em Cristiano Ronaldo, seu maior ídolo no futebol. Mas Yan tem outros vários espelhos para a construção de sua imagem: Adriano e Rafinha, laterais também revelados na base do Couto Pereira (jogadores que fizeram história na Europa e hoje, já veteranos, atuam respectivamente por Athletico e Flamengo), e Daniel Alves estão entre os seus maiores exemplos.

E foi justamente por estar em busca de um “novo Dani Alves” que o Barcelona começou a prestar atenção no jovem paranaense. Os 5 milhões de euros oferecidos pelos catalães agradaram ao Coritiba, mas tamanha é a expectativa sobre o jovem que o Manchester City já se dispôs a pagar 17 milhões de euros por Yan.

Essa disputa toda tem seu motivo. Recentemente o jornal inglês “The Guardian” incluiu Yan em uma seleta lista de 60 melhores jovens talentos do futebol mundial. E isso ficou evidenciado durante as exibições do lateral-direito na Copa do Mundo sub-17, realizada em 2019, no Brasil.

Yan Couto atuou em cinco jogos, todos como titular, e se mostrou decisivo. Segundo dados da Opta Sports, o jogador do Coritiba – único paranaense no elenco daquele time – liderou em chances criadas no torneio (10), considerando os defensores, e dentro da seleção só não recuperou mais vezes a posse de bola (33) do que o zagueiro Luan Patrick (46).

Mas o lance que ficou marcado foi justamente o que garantiu o título ao Brasil, na final sobre o México. O empate por 1 a 1 persistia até os minutos finais do segundo tempo, quando Yan fez um cruzamento perfeito para o gol de Lázaro.

“É marcante, né? Esses cruzamentos, essas jogadas... foi o gol do título, vai marcar minha memória para sempre”, disse para o canal oficial do Coritiba.

Com vínculo até o fim de 2020 junto ao Coritiba, a certeza é que o lateral-direito não deixa o Brasil antes de completar 18 anos, em junho. O torcedor alviverde, que ainda não viu a joia em ação no time principal, provavelmente terá pouco tempo para acompanhar de perto um dos jogadores mais promissores do mundo. É bom aproveitar.

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