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Marcos Valadares Vasco Atlético-MG Brasileirão 01052019Rafael Ribeiro/CR Vasco da Gama

Vasco sofre na defesa e precisa de organização para diminuir sustos no Brasileirão

Dois jogos, duas derrotas, dois gols marcados e seis sofridos. Ainda sem ter um treinador principal, após a demissão de Alberto Valentim, o Vasco da Gama faz um péssimo início de caminhada no Brasileirão 2019. Por mais que o campeonato tenha começado agora, a aparente falta de rumo na equipe assusta o torcedor.

Valentim foi demitido após a derrota para o Flamengo nas finais do Campeonato Carioca, e quem está com a responsabilidade de comandar treinos e jogos é o interino Marcos Valadares. A sua estreia, contra o Santos, foi até positiva: vitória por 2 a 1, insuficiente para garantir a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil mas que de deu a impressão – contra um bom adversário – de que o Cruzmaltino poderia melhorar em curto prazo.

Ficou apenas na impressão. Nos três jogos realizados até aqui, Valadares não repetiu nenhuma vez a escalação. Contra o Athletico, na estreia do Brasileirão, manteve o esquema com três zagueiros visto com o Santos, mudando apenas algumas peças. Terminou goleado por 4 a 1. Na última quarta-feira (01), o interino mudou o esquema e o 4-2-3-1 voltou a entrar em campo nos gramados de São Januário contra o Atlético-MG.

O jogo foi disputado em baixo nível, com um primeiro tempo pobre das duas equipes. O ponto positivo na defesa vascaína foi ter dificultado a vida de Ricardo Oliveira, que apesar de ter tentado não conseguiu ser decisivo. Mas o problema mesmo foi a falta de compactação do meio campo com o setor defensivo. Quando acertou um belo chute de fora da área para abrir o placar, Elias teve toda a liberdade possível para arriscar a finalização. A entrada de Andrey no lugar de Felipe Bastos deu criatividade aos cariocas e Maxi López foi decisivo em lance isolado para empatar.

Marrony José Welison Vasco Atlético-MG Brasileirão 01052019CR Vasco da Gama(Foto: Rafael Ribeiro/CR Vasco da Gama)

Só que o problema no espaçamento do meio-campo para a linha defensiva voltou a ser decisivo. Olhando o golaço feito pelo colombiano Yimmi Chará, parece até mesmo que o meia-atacante tenha feito uma partidaça. Não foi o caso. Mas ele teve grande liberdade e tempo para passar facilmente por Valdívia (que entrou no segundo tempo e fez sua estreia) e chegar na entrada da área para garantir os três pontos para o Galo. O Vasco criou e correu, mas ficou muito mais na vontade do que em qualquer outra coisa.

Em toda as suas 14 participações no Brasileirão de pontos corridos, o Vasco jamais começou  a sua campanha de forma tão negativa após as duas primeiras rodadas. Já sofreu mais de seis gols, mas havia ao menos somado algum ponto. E quando sofreu duas derrotas, foi tendo a sua redes batida menos vezes. Verdade que duas rodadas são muito pouco para uma análise aprofundada, mas o Cruz-Maltino já aparece também como equipe que mais deixa o adversário finalizar (15 vezes). Sofrer os gols não é falta de sorte e o não falta entrega do time.

Organizar as peças é urgente, e isso passa em primeiro lugar por uma definição sobre quem será o treinador. Depois da negativa do português Jorge Jesus, quem está na mira é Dunga. Perfis completamente opostos de trabalho. O ex-jogador do próprio Vasco ainda é uma incógnita como treinador, embora nos tempos de Seleção Brasileira tenha demonstrado um apreço pela abordagem mais pragmática do jogo. Independentemente do modelo a ser utilizado, o mais urgente hoje é organizar o time.

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