O Vasco da Gama entrou em campo nesta quinta-feira (20), para enfrentar o Ceará fora de casa, e a torcida cruz-maltina sentiu uma ansiedade prazerosa desconhecida há tempos nos jogos de Campeonato Brasileiro: a felicidade por um bom momento e a ciência de que uma vitória colocaria o clube ao lado dos líderes Internacional e Atlético-MG, no topo da tabela da Série A após quatro rodadas.
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E com a vitória por 3 a 0, cortesia dos gols marcados pelo artilheiro Germán Cano, Fellipe Bastos e Lucas Ribamar, a equipe treinada por Ramón Menezes chegou a 9 pontos em três jogos disputados. Mesmo com um jogo a menos em relação a Inter e Atlético, o Vasco da Gama termina esta quarta rodada como líder na tabela de classificação por causa dos critérios de desempate.
Considerando a era dos pontos corridos do Brasileirão (a partir de 2003), o Vasco só começou uma campanha com três vitórias seguidas em 2012. Oito anos atrás. Uma realidade longe da gloriosa história cruz-maltina, mas que também reflete os maus bocados vividos pelo clube de São Januário especialmente a partir da virada do Século XX para o Século XXI.
Para lembrarmos a última vez que o Vasco esteve na liderança do Brasileirão, é preciso voltar até 2012. Na ocasião, o clube então treinado por Cristóvão Borges esteve no topo da tabela até a quinta rodada. Assim como neste 2020, o Gigante da Colina venceu os seus três primeiros jogos.
A equipe perderia a liderança na sexta rodada, quando o Cruzeiro assumiu a ponta. O Fluminense terminou aquela edição como campeão, mas o time de São Januário fez a sua última boa campanha na Série A: terminou na quinta posição – brigando até o fim por uma vaga na Libertadores em uma época em que o Brasileirão só classificava quatro times para o certame continental.
Fellipe Bastos, o elo entre o ontem e hoje
A curiosidade é que tanto aquele Vasco de 2012 quanto este de 2020 contam com Fellipe Bastos no meio-campo. E assim como o clube de São Januário, o último grande Campeonato Brasileiro feito pelo meio-campista havia sido oito anos atrás.
Depois daquela campanha, Fellipe Bastos, que já vinha começando a ser contestado pela torcida cruz-maltina, teve passagens pela Ponte Preta e não conseguiu se firmar por Grêmio e Corinthians antes de uma passagem pelo Sport. Nem mesmo no retorno ao Cruz-Maltino, em 2019, vinha agradando. Após ter feito um belo gol sobre o Ceará, o segundo da equipe treinada por Ramón Menezes, Fellipe já garantiu o Brasileirão de 2020 como o mais artilheiro de sua carreira: foram três gols no mesmo número de jogos.
Mas existe uma outra semelhança. Naquele ano de 2012, Alecsandro era o centroavante vascaíno e balançou as redes 26 vezes considerando todas as competições. É a melhor marca de um artilheiro com o Vasco desde então. Só que o argentino Germán Cano parece disposto a superar “AlecGol”: com apenas 16 partidas o camisa 14 já marcou 12 vezes (com três tentos no Brasileirão) e já desponta como um dos candidatos favoritos às artilharias tanto da Série A quanto do futebol brasileiro em 2020.

