Faltaram gols, mas não polêmicas e discussões sobre o uso do VAR nas semifinais do Paulista e do Mineiro neste sábado (30).
São Paulo e Palmeiras ficaram no 0 a 0 no Morumbi e Atlético-MG e Boa Esporte também não mexeram no placar em Minas, mas nos dois casos o árbitro de vídeo foi decisivo para o placar.
No primeiro tempo do clássico paulista, o juiz Vinicius Furlan marcou um pênalti para o Palmeiras por empurrão de Reinaldo em Dudu, mas foi alertado pelo VAR e voltou atrás depois de consultar o lance em vídeo.
Em Minas, o VAR foi decisivo para determinar a expulsão de Zé Welison e para anular dois gols atleticanos por impedimento.
Comentaristas divididos
Em São Paulo, torcedores e jornalistas parecem concordar que não houve pênalti, mas discordam sobre se o VAR deveria ter sido usado no lance. Entre os jogadores houve a mesma discussão.
O argumento dado por Dudu, pelo técnico Felipão e pelo diretor de futebol Alexandre Mattos contra a decisão é de que o lance era interpretativo, então que a equipe do VAR não deveria ter feito a intervenção.
Um panfleto distribuído pela Federação Paulista de Futebol, porém, não traz nada sobre o tema. Segundo o material oficial, o VAR deve ser usado em situações de pênalti e o árbitro pode escolher checar o lance em vídeo.
A linha da discórdia é a que diz que o VAR deve chamar o juiz em caso de suspeita de erro "claro e óbvio". Os palmeirenses e alguns ex-árbitros, como Sandro Meira Ricci e Sálvio Spínola, argumentam que o lance não deveria ter sido revisto.
"VAR não vai mudar nada"
Em Minas, Lásaro Cândido Cunha, vice-presidente do Atlético-MG, criticou a "falta de transparência" do VAR. "O lance do gol que o árbitro acusou impedimento é muito difícil", declarou.
Atacante do Atlético-MG, Luan também disparou contra o uso da tecnologia: "Esse negócio de VAR não vai mudar nada, já tivemos várias polêmicas aí. O futebol está perdendo a essência".
