Wendell Bayer Leverkusen

Três testes por semana, treino duro e mais: Wendell, do Leverkusen, revela protocolos da Bundesliga

Com a Bundesliga prestes a retomar a disputa das partidas, a ansiedade por ver a bola rolando na Europa cresce a cada dia. Para o lateral-esquerdo brasileiro Wendell, do Bayer Leverkusen, o momento representa um verdadeiro "alívio" para ele e para seus companheiros que atuam na Alemanha. 

A Bundesliga é a primeira das grandes ligas europeias a retornar com as atividades de futebol, com várias restrições entre os jogadores e portões fechados. O país se tornou um dos exemplos na Europa no combate à pandemia do novo coronavírus. 

Em entrevista exclusiva ao DAZN, Wendell falou sobre o alívio de poder voltar a praticar o esporte e destacou o bom trabalho que o governo alemão vem fazendo durante o período da epidemia.

"Acho que mais um alívio de poder voltar a fazer o que você gosta. Estamos muito confiantes de que vai dar tudo certo. O governo vem trabalhando muito bem para que tudo aconteça da melhor maneira possível. Esperamos voltar em alto nível para que ninguém se contagie, isso é o mais importante", falou Wendell.

O lateral-esquerdo falou sobre as prevenções e os protocolos que a Bundesliga já está implementando para diminuir ao mínimo o risco de contágio entre os jogadores. Ele citou, por exemplo, que em uma semana realizou três testes para detecção do novo coronavírus e que os três deram negativo.

"A gente fez três testes em uma semana: sexta, segunda e hoje. Uma semana, três testes. E graças a Deus não tem ninguém infectado, pelo menos aqui no clube. A gente sabe que a Bundesliga tem vários protocolos para seguir, várias coisas que eles têm para botar em vigor sobre essa segurança dos testes. Sobre o nível de testagem que vai ser durante os jogos, não vou saber o que estou falando. Eu acredito que a gente vai continuar sendo testado de três em três dias, para que o governo e a liga possam ter uma segurança maior", disse o atleta brasileiro.

Wendell Bayer Leverkusen

O campeonato alemão retorna oficialmente no sábado (16), com o clássico entre Borussia Dortmund e Schalke 04. Os jogos acontecem no sábado, domingo e na segunda-feira, que é quando o Bayer Leverkusen, de Wendell, visita o Werder Bremen, pela rodada 26 da Bundesliga. Todas as partidas terão portões fechados e ele falou sobre essa situação, que acaba sendo mais comum na América do Sul do que na Europa.

"Na verdade, os alemães e os jogadores europeus não têm este feito no currículo. Então eu perguntei aos jogadores que são chilenos e os argentinos, como o Lucas Alário e o Charles (Aránguiz), e eles falaram que também jogaram com portões fechados no Chile, consequentemente, e na Argentina. É uma situação que nenhum jogador normalmente fica feliz em passar, então vai ser difícil para todo mundo, especialmente para os alemães, que estão sempre com os estádios cheios, sempre acostumados a jogar com todos os estádios lotados", relatou.

Weston McKennie Wendell Schalke Leverkusen 19122018(Foto: Getty Images)

Ele também falou sobre os treinos durante a pandemia e disse que as sessões são intensas e que os jogadores "chegam junto" nas disputas, para deixar o treinamento mais próximo à realidade das partidas.

"Na verdade, desde o começo a gente já trabalhava com intensidade, assim... quando você vai para o campo, você trabalhava mais intenso. Pode chegar porque sabe que ninguém ali está contaminado, então você tem uma segurança maior de poder estar perto do seu companheiro. Claro que você não fica de contato toda hora, toquinho na mão, abraço ou alguma coisa que você faz com jogadores que você é mais próximo (...) Mas dentro do treinamento, não. Dentro do treinamento todo mundo chega junto mesmo, para que o treino fique mais disputado", descreveu Wendell.

Por fim, ele comentou sobre sua rotina durante o isolamento social e disse que o video game foi um grande aliado nessa hora.

"Eu jogo videogame quase todo dia, independente da quarentena ou não eu jogo todo dia. Eu também assisti bastantes séries, gosto de assistir bastante coisa cristãs. Gosto de assistir muito desenho também, para aprender sobre as histórias. Eu procuro me adaptar da maneira que dá. Se o governo e as autoridades falaram que não era para sair, para não se infectar, eu prefiro respeitar", respondeu o defensor brasileiro.

Publicidade