A seleção brasileira encerrou a preparação para o duelo contra o Peru, nesta terça-feira (13), pela segunda rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. Antes de embarcar para Lima, Tite concedeu entrevista coletiva, mas preferiu não confirmar o time.
"Eu tenho a equipe montada mas eu não quero falar agora. A base continua a mesma, a estrutura mas não quero municiar o Gareca. Tu troca a característica de um atleta e ela já traz uma diversidade".
Contra o Peru, Tite chegará aos 50 jogos sob o comando da seleção brasileira e relatou os benefícios e os desafios de ser treinador da Canarinho.
"Os benefícios de escolher os atletas de alto nível, os melhores do seu país, e ter a possibilidade de escolhê-los. De ter a comissão técnica do mais alto nível e tempo integral durante a semana para comunicação, acompanhamentos e evolução. De administrar o tempo porque as pressões e você não está constantemente com os atletas, ela te retira um pouco do trabalho de campo e fica mais no campo dos estudos. E no momento que busca o dia a dia tem que ser muito pontual, preciso no treinamento e nas funções dos atletas. Em contrapartida, te tira o dia a dia, o cheiro do vestiário. Você falou em quatro anos e 50 jogos, isso no Brasil em clubes são sete meses talvez".
Abaixo, confira os principais trechos da entrevista de Tite:
THIAGO SILVA EM 2022?
Thomas Eisenhuth / Correspondente"Jogando em alto nível, o lado humano, os valores morais que têm o credenciam a isso. O que vai dizer onde ele vai, o tempo, é o desempenho. É a qualidade, o nível da competição que ele enfrenta. Isso que vai determinar. É impossível projetar seleção em dois anos, nem aqui se projetam seis meses. Quero, torço que mantenha esse nível, independentemente de nomes. Dou exemplo do Daniel Alves que foi escolhido o melhor da Copa América voltando de lesão. Não há nem preconceito para um jovem, como o Rodrygo, Gabriel Menino, nem para um mais experiente".
NEYMAR MAIS MADURO
"Neymar é homem, não é mais garoto e já tem essa maturidade desenvolvida. Isso me deixa muito feliz. Em termos técnicos e táticos, ele não é só flecha agora. Eu vi essa definição do Gustavo Villani que é arco e flecha, armador e finalizador. Ele desenvolveu isso, como aconteceu no jogo de dar duas assistências, penúltima bola, romper a marcação. E ter essas duas possibilidades. O Firmino que foi bastante arco poder ser flecha também. A gente procura potencializar suas virtudes".
ESTRATÉGIA CONTRA O PERU
"Jogo que nós fizemos resultado na Copa América, mas foi muito circunstancial em cima de um bom desempenho e de ter feito dois gols logo. E por isso que abriu o placar dilatado. Normalmente não há um placar dilatado pela qualidade de ter chegado numa final com méritos, eliminou o Chile que tinha sido bicampeão. Ela eliminou o Uruguai, tradicional. Ela vem com lastro, peso, vem com nível de enfrentamento. Vai ser de novo na mesma forma".
