Olivier Giroud, Thiago Silva, Willian e diversos outros jogadores vivem uma situação muito especial e diferente. Com a paralisação dos campeonatos europeus por conta do coronavírus, é possível que os jogos sejam remarcados para além do dia 30 de junho. O problema é que o contrato de muitos atletas se encerram nesta data, como os dos atacantes do Chelsea e o zagueiro do PSG citados.
Na Itália, país mais atingido pelo coronavírus, pode-se ter um panorâma claro do quanto a paralisação pode afetar o planejamento dos clubes. Smalling e Mkhitaryan estão emprestados à Roma, assim como Young e Alexis Sanchez estão emprestados à Inter de Milão. Ibrahimovic, Biglia e Bonaventura teriam seus contratos encerrados no Milan, da mesma forma que Buffon e Chiellini na Juventus.
Há muitos outros casos nos outros clubes da Série A Italiana e, embora a melhor hipótese seja que o campeonato seja retomado em 3 de maio, a chance é grande de que o campeonato ultrapasse o mês de junho.
Em LaLiga, este mesmo problema pode afetar 115 jogadores que tem seus contratos encerrados até o último dia de junho. Dos 20 clubes do campeonato, somente o Barcelona não seria afetado. O goleiro francês Areola, no Real Madrid, e o meia-atacante Martin Odegaard, no Real Sociedad seriam alguns exemplos.
GettyPorém, o que fazer com um time como o Leganés, que está lutando contra o rebaixamento na Espanha e tem nada menos do que 14 jogadores de seu elenco sem contrato a partir do dia 1º de julho?
Na Premier League, o cenário é o mesmo. O líder Liverpool pode ficar sem Adam Lallana e Nathaniel Clyne nas últimas rodadas para confirmar o título inglês. O Manchester City, segundo colocado, ficaria sem Claudio Bravo e David Silva. No Chelsea, que luta por uma vaga para a Liga dos Campeões, Willian, Giroud, Pedro e Caballero estão no mesmo cenário.
A situação é a mesma na França. Só no PSG Thiago Silva, Mauro Icardi, Kurzawa e Meunier não serão mais jogadores do clube depois do dia 30 de junho.
GettyDidier Quillot, diretor geral da LFP, falou sobre a questão: "O UNFP (sindicato dos jogadores da França) e o Fifpro estão trabalhando e também fazem parte da solução. Se tivermos que jogar a cada três dias, jogaremos. O objetivo é jogar o mais rápido possível. Há boa vontade mas há uma coisa que não podemos controlar, risco à saúde. Mas, assim que este rico diminuir e as autoridades públicas permitirem viver normalmente, será necessário definir, com os médicos, quando podemos retomar".
Certamente, isso representa um problema não só para os clubes como para a Fifa. A janela de transferências do meio do ano, que se inicia em julho, pode ser muito afetada, existindo a chance de jogos acontecerem durante este período.
