
Tudo estava tranquilo para a seleção espanhola no caminho para a Copa do Mundo de 2018. A equipe vinha de grande campanha nas Eliminatórias europeias, e com excelentes resultados sob o comando de Julen Lopetegui.
Entretanto, tudo isso mudou nos minutos que antecederam o anúncio de Lopetegui como treinador do... Real Madrid! Afinal de contas, a Federação Espanhola não escondeu o descontentamento com a forma ‘obscura’ na qual os madridistas negociaram com o comandante da equipe nacional.
Lopetegui foi demitido e chorou em sua apresentação no Real Madrid. E o favoritismo da Espanha pareceu ter ficado menos até a estreia contra Portugal. Já sob o comando de Fernando Hierro, que integrava o staff, o empate em 3 a 3 teve sabor de derrota... mas também foi um testemunho da força do elenco.
Isso porque a ‘Roja’ trocou mais de 700 passes e ditou o ritmo do clássico ibérico. O empate veio na conta de um inspirado Cristiano Ronaldo, e de uma rara falha do goleiro David De Gea. Respaldados pelo bom volume de jogo apresentado no embate mais difícil desta primeira fase de Mundial, os mais diferentes jogadores da seleção se uniram em duas palavras em comum que apareciam durante entrevistas coletivas e para demais veículos espanhóis.
Estilo de jogo e união.
Porque, com um DNA muito bem formado e jogadores que sabem muito bem o que fazer, a Espanha ainda pode desequilibrar em campo. E em meio à sua maior crise, estes mesmos atletas tiveram maturidade suficiente para se unirem.
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O futebol vistoso e agradável já apareceu. Mas agora é preciso chegar os resultados. Por isso, uma vitória sobre os iranianos, que começaria a encaminhar uma classificação para as oitavas de final, é também uma oportunidade de colocar uma pedra no assunto Lopetegui. E ganhar um pouquinho mais de tranquilidade para seguir a concentração em busca de uma grande campanha.
