+18 | Conteúdo Comercial | Aplicam-se termos e condições | Jogue com responsabilidade | Princípios editoriais
Ancelotti Rodrygo Real Madrid 2023Getty Images

O técnico estrangeiro na seleção brasileira

A CBF não está com pressa para anunciar o sucessor de Tite. Campeão do sul-americano sub-20 que acabou de acontecer na Colômbia, Ramón Menezes está confirmado como interino para o amistoso do selecionado principal contra o Marrocos, no final de março, e toda esta demora também é um trabalho de paciência na tentativa de conseguir fechar com o italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid.

Assine a newsletter da GOAL: é de graça e te mantém por dentro de tudo no futebol

Ancelotti tem contrato até 2024 no Santiago Bernabéu e, a cada entrevista, faz questão de dizer isso. Se a CBF vai conseguir chegar a um acordo para tê-lo antes deste prazo, após o término da atual temporada no meio deste ano, só o tempo vai dizer. Fato é que os brasileiros da equipe espanhola já brincam com o italiano a respeito e, em entrevista exclusiva para a GOAL, Rodrygo viu com bons olhos a possibilidade de vê-lo no comando do Brasil.

“Eu não sei o que está acontecendo, eu não falo sobre este assunto com ele, mas se ele for o treinador da seleção eu ficaria muito feliz também. Mas eu não sei, nunca tivemos um treinador estrangeiro, seria uma coisa nova. Seria muito bom, porque ele é um treinador muito bom, mas eu não sei falar deste assunto, não sei o que vai acontecer”, afirmou o atacante em uma longa conversa.

Rodrygo só errou ao dizer que a seleção brasileira nunca teve um técnico estrangeiro. Teve dois. O argentino Filpo Núñez dirigiu o Brasil (na verdade, o seu time do Palmeiras jogando com a camisa do selecionado nacional) uma vez, em 1965, e Ramón Platero, uruguaio, foi campeão do torneio Sul-Americano em 1925. Isso sem contar Joreca, português que dividiu o cargo em alguns jogos com Flávio Costa. Faz muito tempo, Rodrygo nem sonhava em nascer, mas não seria algo inédito. A história está aí e tem que ser passada para a frente e valorizada. De qualquer maneira, a palavra-chave de toda esta novela é paciência.

Paciência tem limite, afinal de contas. O quanto vale a pena esperar por um treinador? Caso a CBF feche com Ancelotti, é possível imaginar um olhar crítico mais afiado de alguns setores apenas por se tratar de um estrangeiro, e não um brasileiro, no comando da equipe nacional. Evidente que isto seria um erro.

Ancelotti, vale lembrar, é a principal inspiração de Tite e pode ser que o trabalho não mude tanto assim para os olhos da maior parte dos torcedores. Será que o italiano contaria com uma boa vontade geral mesmo se os resultados não forem positivos logo de cara? Neste momento são muito mais dúvidas (inclusive se o técnico estrangeiro será mesmo Ancelotti ou algum outro candidato) do que certezas.

Publicidade
0