+18 | Conteúdo Comercial | Aplicam-se termos e condições | Jogue com responsabilidade | Princípios editoriais
2019-03-06-united(C)Getty Images

Fergie Time! Solskjaer resgata uma velha tradição do Manchester United

O Manchester United é um dos tantos clubes que atestam: a palavra impossível não existe no futebol. Na decisão da Champions League em 1999, contra o Bayern de Munique, os Red Devils protagonizaram os últimos minutos mais espetaculares na história das finais europeias. O título levantado naquele ano ajudou a criar uma aura mítica que voltou a atacar nesta quarta-feira (06), vinte anos depois, quando os ingleses eliminaram o PSG no último suspiro do jogo decisivo pelas oitavas de final.

A capacidade para fazer gols nos últimos momentos ficou imortalizada pelo nome de ‘Fergie Time’, em homenagem ao técnico Alex Ferguson. E o tento de Ole-Gunnar Solskjaer, atual comandante dos Red Devils, aos 93 minutos daquela final contra o Bayern foi o expoente máximo desta vocação para se consagrar de forma atrasada. O norueguês saiu do banco de reservas no fim, quando os alemães venciam por 1 a 0. Aos 91’, Teddy Sheringham – que também estava entre os suplentes – empatou. A máxima glória do Velho Continente foi garantida em campo justamente por Solskjaer.

Desde a aposentadoria de Sir Alex Ferguson, em 2013, o United jamais conseguiu voltar a ser o que foi nas 27 temporadas em que esteve sob o comando do escocês. Passaram pela área técnica de Old Trafford David Moyes, Louis van Gaal e José Mourinho. Além de resultados muito abaixo do esperado, em nenhum momento, até esta quarta-feira,  os Red Devils voltaram a demonstrar um pouco daquela sua ‘velha aura mítica’. Neste primeiro mata-mata da Champions 2018-19, o Paris Saint-Germain era o grande favorito para avançar depois de ter vencido os mancunianos por 2 a 0 em pleno Old Trafford. A vantagem era grande.

Outra coincidência em relação a 1999 esteve nos desfalques. Se naquela decisão contra o Bayern Alex Ferguson não pôde escalar Paul Scholes e Roy Keane, líderes do meio-campo suspensos pelo acumulo dos cartões, Solskjaer precisou pensar na sua equipe sem Paul Pogba, eixo central do time desde a chegada do norueguês para arrumar a casa após a péssima temporada sob o comando de Mourinho. Outros desfalques para a noite desta quarta no Parque dos Príncipes foram de nomes importantes, como os meio-campistas Ander Herrera e Matic, o meia Juan Mata ou o hoje lateral-direito Antonio Valencia.

Ole Gunnar Solskjaer Manchester United 1999Getty ImagesSolskjaer em 1999, o 'Fergie Time' mais importante na história do United (Foto: Getty Images)
2019-03-06-united(C)Getty ImagesVinte anos depois, uma emoção parecida (Foto: Getty Images)

A escolha de Solskjaer foi apostar em um meio-campo composto por três nomes jovens, acompanhados por um velho conhecido. Ashley Young voltou a ser opção como extremo enquanto McTominay, Fred e Andreas Pereira tomaram conta do setor. Outra característica histórica do United, que desde os “Busby Babes” (histórica equipe formada entre as décadas de 1950 e 60) acostumou-se a ver a juventude agigantar-se quando preciso. Foi de Marcus Rashford, o titular mais novo dos Red Devils (21 anos) contra o PSG, o gol de pênalti que sacramentou a classificação histórica para a próxima fase.

Nunca antes na história do mata-mata um time seguiu vivo na Champions League após ser derrotado por dois gols de diferença em sua casa. O Manchester United quebrou essa escrita com um dos meninos revelados em sua base. E no ‘Fergie Time’. Uma espécie de reencontro do clube consigo mesmo.

"Você ama um gol no último minuto, heim professor", escreveu Rashford em seu Twitter após a vitória.

"É uma cultura do Manchester United, já fizemos várias vezes. Quando você está em um clube como este, tem que acreditar em milagres", afirmou Solskjaer em entrevista para o Esporte Interativo ainda no calor do triunfo.

Publicidade

ENJOYED THIS STORY?

Add GOAL.com as a preferred source on Google to see more of our reporting

0