O juiz esportivo da Serie A, Gerardo Mastrandea, decretou que fosse realizada uma investigação aprofundada sobre o caso de racismo sofrido por Moise Kean e Blaise Matuidi durante o confronto da Juventus contra o Cagliari na última terça-feira (2).
“Investigações adicionais e novos elementos são exigidos pelos órgãos competentes. É necessário esclarecer em que parte do jogo os jogadores foram alvo de gritos de discriminação racial e que tamanha percepção eles tinham”, dizia o comunicado do juiz.
Apesar de estarem tomando providências, Kean foi sancionado pela entidade esportiva com uma multa de 2 mil euros (cerca de R$ 8,6 mil) por simulação.
O jogador de 19 anos marcou um dos gols da vitória por 2 a 0 da Juventus e comemorou ficando parado em silêncio em frente à torcida rival – o que provocou a reação de torcedores, jogadores do Cagliari e até de seus companheiros de equipe.
Após ler o relatório oficial do árbitro da partida e do gabinete do procurador federal, o juiz esportivo Mastrandea considerou que é necessário maiores investigações para determinar em que momento os jogadores foram submetidos ao abuso de racismo e quanto o grupo perpetrou.
Não é a primeira vez que a torcida do Cagliari é acusada de racismo. Matuidi já havia afirmado em 2018 que foi submetido a ataques racistas no mesmo estádio. Em 2017, Sulley Muntari, do Pescara, saiu de campo na partida contra o Cagliari em protesto contra os ataques racistas. Embora tenha sido provado que os ataques aconteceram, nenhuma punição foi imposta ao clube por ter se tratado de uma minoria de pessoas.




