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Danilo Avelar Corinthians Avenida Copa do Brasil 20022019Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

"Me chamavam de Garrincha porque eu tinha a perna torta", diz Avelar

Danilo Avelar é o mais novo “queridinho” jogador da torcida corintiana. Em entrevista à Corinthians TV, o atleta que é um dos artilheiros do clube nesta temporada, ao lado de Gustagol, explicou o real motivo que o fez virar canhoto e porque recebeu o apelido de “Garrincha”.

Aos quatro anos de idade, Avelar sofreu um acidente que o deixou sem andar por quase um ano. Na época, o lateral queimou os dois pés e criou habilidades com a perna esquerda, a menos afetada pelo ocorrido.

“Eu lembro pouco porque eu tinha só quatro anos de idade. Lembro de alguns flashes só. Era eu e mais dois amigos meus (...) nós estávamos brincando com fogo e papelão e tivemos a infelicidade de colocar o álcool junto com o fogo, era uma inocência de criança. Eu acabei queimando os dois pés. Na verdade, o pé direito foi mais afetado e até hoje eu levo marcar, é mais sensível”, e seguiu.

“Na época ocorreu uma série de processos que eu fiquei sem caminhar por quase um ano. Mas criança não consegue ficar quieto, não consegue ficar parado e eu acabei usando o pé esquerdo para outras coisas (...), eu fiquei muito tempo sem andar e precisava achar outros meios e um deles foi usar a perna esquerda, que era a única que tinha. E acredito que isso me aprimorou, tanto que depois que eu consegui me recuperar eu tinha muita sensibilidade no pé direito”, relembra.

O jogador ainda ressaltou que sente alguns incômodos no pé direito, o mais afetado pelo acidente, porém, menos do que antes: “Até hoje eu sinto (no pé) mais frio, sinto algumas coisas. Claro que na época eu sentia muito mais, então acabei priorizando o pé esquerdo. E como eu estava em formação ainda, era uma criança, acabei levando o pé esquerdo para o trabalho também”, brinca.

Danilo Avelar Corinthians Avenida Copa do Brasil 20022019Ag. Corinthians
(Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

Bem-humorado, Danilo Avelar comentou sobre a plantação de feijão que tinha na Ucrânia, durante o tempo no qual atuou pelo Karpaty, entre 2010 e 2012. Devido à dificuldade de encontrar a iguaria da culinária brasileira no leste europeu, o jogador teve um plano com os amigos.

“Na cidade onde eu morava tinha eu de brasileiro, um outro jogador e mais três jogadores de intercâmbio, então a gente tentava se virar. O pessoal que estudava lá entendia mais de plantação e como eu vinha com mais frequência para o Brasil por causa das férias, eles falaram para eu levar a semente de feijão para lá e plantar para conseguir comer feijão. A gente sentia muita saudade da comida brasileira. Aí eu levei, a gente foi em um fundo de uma igreja que podia utilizar, plantamos o feijão, colhemos e conseguimos fazer vários sacos de feijão. Uma média de 20 até 25 quilos. Conseguimos ter feijão e feijoada o resto do ano”, comentou.

Por fim, o “Avelenda” revelou quais são os apelidos que costuma ser chamado, entre eles o de “Garrincha”: Sempre fui chamado de Garrincha pelos meus amigos por causa da perna torta. Depois de moleque todo mundo ganha apelido. Então até hoje se você vai em Paranavaí todos os meus amigos ficam “Garrincha, perna torta, alicate”. Foi um dos apelidos de criança que levaram para hoje”.

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