Seja o que for que alguém tenha a dizer sobre o comportamento explosivo de Diego Costa em campo, raramente haverá algum tipo de dúvida sobre a qualidade do atleta ao redor da área adversária. Mas à medida em que a seca de gols continua, uma questão deve ser abordada: o que está acontecendo com o principal atacante do Atlético de Madrid?
O espanhol surpreendeu a todos na temporada 2017-18 após se juntar ao Madrid devido ao afastamento do Chelsea por motivos de desentendimento com Antonio Conte, técnico do time inglês na época.
A decisão do Atlético em trazer o jogador de volta ao clube demonstrou ser um golpe de mestre por parte da diretoria, mas agora, o desejo antigo se tornou um “tiro pela culatra”. Há nove meses e 18 jogos sem marcar gols com o time espanhol, é preciso olhar para trás, especificamente, fevereiro de 2018 para relembrar e se surpreender com o recorde sombrio que tende a seguir com um dos mais potentes atacantes da Europa.
Ao que tudo indica, a seca de Costa estaria prejudicando um time que não tem outro goleador no elenco - Antoine Griezmann é o artilheiro da equipe no Campeonato Espanhol com apenas três gols. Como resultado, o Atleti está cada vez mais dependente da excepcional defesa para permanecer competitivo nas competições.
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Os números de Costa na atual temporada comprovam a marca negativa. Em La Liga, o atleta tem média de apenas um chute por jogo, marca próxima aos dos companheiros de equipe Godin, Jose Maria Gimenez, Griezmann e Saul Niguez. Jogadores que não fazem parte do setor ofensivo do clube.
Embora, algumas vezes haja a necessidade de se “aventurar” em outros setores do campo devido a tática de determinadas partidas, Costa também não demonstrou nenhuma iniciativa em criar suas próprias chances preferindo se contentar com qualquer bola que caia em sua direção. E essa aparente apatia, tão pouco característico do seu comportamento ardente, preocupa o Atlético.
Em entrevista à Telemadrid , o psicólogo esportivo que trabalhou com Diego Costa na seleção da Espanha, Juan Campilo destacou que os problemas de lesão podem ser a principal razão de uma queda na intensidade e rendimento do atleta em campo.
"Ele tem um personagem no qual ele pode mostrar seu melhor lado sendo agressivo e até mesmo um pouco irritado. Todos nós sabemos como ele exigiu mais de si mesmo quando voltou de um período em que estava inativo”, contou.
"Assim como eu vi Diego na equipe nacional como um indivíduo completo e centrado, acho que ele está sob controle. Uma vez que as lesões desapareçam e ele tenha continuidade nos treinos e nos jogos, ele estará de volta ao seu melhor”, explicou.
Tendo jogado apenas dois jogos em La Liga desde o início de outubro, Costa está em forma para encarar o Barcelona neste sábado (24), ás 17h45 (Brasília), e se tudo correr bem, o faro de gols do artilheiro poderá retornar no embate contra um dos maiores rivais, já que clássico é o tipo de jogo no qual o atacante se entusiasma e deixa transbordar sua intensidade e agressividade. Tudo que o atlético espera de um jogador com o nível de Diego Costa.


