
Alisson é o goleiro que mais trabalha dentre as equipes mais tradicionais que disputam as chamadas ‘cinco principais ligas da Europa’ [Alemanha, Inglaterra, França, Espanha e Itália].
Considerando jogos válidos por campeonatos europeus e nacionais, o brasileiro só não teve mais trabalho do que arqueiros de alguns dos piores times que estão na primeira divisão. Ainda que tenha disputado um número maior de jogos, e no caso da Champions League tenha enfrentado outros grandes esquadrões, é um número considerável.
Em 44 jogos disputados, levando em considerção apenas Serie A italiana e Champions League, Alisson viu a bola chegar em sua direção 187 vezes. Apenas outros três goleiros tiveram mais trabalho: Jack Butland, do Stoke City [vice-lanterna da Premier League], Timo Horn, do Colônia [último colocado na Bundesliga] e Nícolas, do Hellas Verona [vice-lanterna na Serie A italiana].
O brasileiro levou 44 gols, número que se não é dos melhores também não está entre os mais vergonhosos. Até porque o seu aproveitamento em defesas é muito bom: 76.47%: o sexto melhor, atrás de grandes nomes, como De Gea [81.33%], Ter Stegen [1.5%] e Oblak [84%]. E o mesmo em relação ao compatriota Neto, do Valencia.
Mas o que deixa claro que Alisson briga para ser o melhor goleiro da temporada está no fato de que a Roma é um time que deixa os adversários chegaram muitas vezes ao seu ataque. Tanto, que o guardião brasileiro é o segundo com mais defesas realizadas [144] seguindo os padrões já citados neste texto – e perde apenas por uma defesa para Nícolas, do Verona.

Na derrota por 5 a 2 para o Liverpool, na última terça-feira (24), no jogo de ida das semifinais da Champions, os ingleses tiveram um volume ofensivo que a Roma ainda não havia encarado nesta campanha europeia: finalizaram 11 vezes no gol de Alisson, que fez seis defesas. O camisa 1 da Seleção também não teve culpa em nenhum dos gols sofridos.
Contra um dos melhores ataques da Europa, o que mais vezes balançou as redes nesta Champions League [38 tentos marcados], e que esteve inspirado contra os italianos, Alisson dificilmente conseguiria evitar uma derrota. Por isso, enquanto Salah, Firmino e Mané infernizavam a defesa italiana, a única coisa que dava para fazer ao ver o brasileiro sob o arco da Roma era pensar: coitado!




