O São Paulo fez uma segunda proposta ao Deportivo Maldonado para contratar Calleri definitivamente. A primeira oferta vinculava a maior parte do pagamento à performance de Calleri dentro de campo para comprar fatias dos direitos econômicos de forma parcelada anualmente: de 2022 a 2024. O Tricolor sabia que dificilmente esse modelo seria aceito.
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Na nova proposta, o São Paulo garante ao clube uruguaio gerido por empresários a maior parte do pagamento independentemente da performance de Calleri. Nos dois cenários, no entanto, o clube só tem condição de começar a pagar em 2022. Esse, aliás, é visto como o grande obstáculo da negociação: convencer o Deportivo Maldonado a aceitar um acordo sem que haja pagamento imediato.
Essa nova proposta do São Paulo por Calleri tem prazo de validade até a meia-noite desta quinta-feira (15 de julho). A informação foi publicada inicialmente pelo GE e confirmada pela Goal. O Tricolor quer uma resposta, pois tem seu próprio timinig e sabe que o Deportivo Maldonado pode tentar ganhar tempo para avaliar outras possibilidades com a janela europeia aberta.
Mantidos em sigilo, os números oferecidos na proposta do São Paulo são quase metade do que o Deportivo Maldonado pede como valor de mercado do atacante argentino. Independentemente da porcentagem de direitos econômicos adquiridos, o clube tenta uma composição de negócio que seja viável dentro da atual realidade financeira e mira Calleri pelo ganho esportivo de um jogador identificado com a torcida.
AFP/Getty ImagesNos bastidores, o São Paulo tem sinais por meio de interlocutores de que Calleri quer voltar a jogar no Morumbi. O clube tem sua proposta salarial pronta para ser enviada ao jogador, mas não avança nesse sentido enquanto não houver um acordo com o Deportivo Maldonado. Nesse contexto, a postura inclusive é de não conversar diretamente com o atacante para respeitar essa dinâmica.
Em um cenário ideal, o São Paulo gostaria de anunciar Calleri após garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores contra o Racing, na próxima terça-feira, na Argentina, após o empate por 1 a 1 no Morumbi, para tê-lo apto em uma eventual quartas de final. Nessa hipótese, ele poderia começar a jogar em agosto, quando a janela internacional se reabre no Brasil. Uma coisa (contratação), no entanto, não está 100% necessariamente vinculada a outra (classificação na Libertadores). Uma possível eliminação não brecaria o interesse no jogador.
Nessa negociação, o São Paulo vê o contrato de Calleri com o Deportivo Maldonado válido até 2022 como um trunfo. O clube uruguaio gerido por empresários tem essa janela atual e a próxima para tentar uma venda na qual consiga reaver parte do investimento de 12 milhões de dólares feito em 2015, quando ele foi contratado do Boca Juniors. Isso porque daqui um ano Calleri estaria livre para assinar um pré-contrato e não renderia dinheiro algum.
Calleri defendeu cinco clubes europeus diferentes por empréstimo nas últimas temporadas, e o São Paulo acredita ser um destino melhor do que as opções de mercado que possam vir a aparecer para um jogador já adaptado ao Morumbi.
