Ronaldinho Gaúcho pode ficar sem seu passaporte pelo menos até fevereiro. A Justiça entrou em recesso nesta quarta-feira (19) sem analisar o recurso do ex-jogador, que pede no STJ (superior Tribunal de Justiça) a devolução do seu documento, retirado por não cumprir uma sentença por crime ambiental.
A Segunda Turma da corte, onde corre o pedido de habeas corpus do jogador, volta a se reunir apenas em 5 de fevereiro de 2019. Apesar disso, Sérgio Cruz, advogado do jogador, não descarta a concessão de uma liminar antes disso. "É habeas corpus... Pode sair durante o recesso, como pode não sair. Depende do ministro, pois pedidos liminares podem ser apreciados a qualquer momento", afirmou.
Problemas com a Justiça
Ronaldinho Gaúcho segue sem passaporte. A Justiça negou o pedido de liminar do craque solicitando a devolução do documento dele e de seu seu irmão e empresário, Roberto Assis. O ministro relator, Francisco Falcão, entendeu que a defesa não conseguiu comprovar que a entrega do passaporte é um flagrante desrespeito de um direito do ex-jogador.
Em 31 de outubro, a Justiça determinou a retenção do documento porque o craque não cumpriu uma sentença judicial de fevereiro de 2015.
Na época, Ronaldinho estava em Tóquio, no Japão, e viajou em compromissos com patrocinadores até o último fim de semana. Ele retornou ao Brasil porque tinha o lançamento de um aplicativo de notícias sobre ele e a participação em um amistoso em São Paulo. Na chegada ao país, o ex-meia precisou deixar o passaporte no controle de imigração.
Antes de voltar, Ronaldinho entrou com um pedido de habeas corpus no STJ alegando desrespeito do seu direito de ir e vir, mas o MP negou esta tese, defendendo ser uma atitude necessária porque o ex-jogador "ridicularizou a Justiça".
