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Rogério CabocloLeandro Lopes/CBF

Rogério Caboclo é alvo de terceira denúncia de assédio sexual

O presidente afastado da CBF Rogério Caboclo é alvo de uma terceira denúncia de assédio sexual, feita por uma ex-funcionária da entidade máxima do futebol nesta semana. Os relatos contra o dirigente foram feitos para a Comissão de Ética da CBF. A informação foi publicada pelo site ge. 

Segundo o site, ela contou ter sido obrigada a reservar quartos de hotel para "moças" que não eram a esposa de Rogério Caboclo. Em um dos episódios, na Copa América de 2019, em São Paulo, a ex-funcionária teve de ir até a recepção buscar a visitante, pois ela não estava autorizada a entrar e não tinha o cartão para usar o elevador.

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Ainda segundo o depoimento da ex-funcionária publicado pelo site, naquela mesma noite ela recebeu um recado na secretária eletrônica do quarto no hotel. Nesta mensagem, Caboclo dizia algo incompreensível e foi possível ouvir a acompanhante interagir com ele de maneira íntima.

Nesta denúncia, a ex-funcionária diz que numa viagem para Suiça, Caboclo a chamava frequentemente para reuniões no seu quarto, e que os encontros viravam "sessões de terapia" em que o dirigente falava da própria vida. Em um desses encontros, o dirigente pediu para ela tirar as pulseiras porque queria usá-las. A ex-funcionária considerou uma tentativa de estabelecer intimidade que não existia e saiu do quarto rapidamente.

Assim como outra denunciante, essa ex-funcionária disse no depoimento que Caboclo trabalhava alcoolizado várias vezes, dentro e fora da CBF, e que também era orientada a esconder garrafas de vinho no banheiro da sala da presidência.

Essa terceira mulher que denunciou Caboclo saiu da CBF em dezembro de 2019, após o dirigente negar a chance de trabalhar em outra área da confederação. O argumento era de que ela trabalhava para ele, e não para a CBF, segundo o ge.

Mas Caboclo voltou a procurar a funcionária neste ano, antes da primeira denúncia de assédio moral e sexual feita por outra mulher, em 4 de junho. O dirigente ligou e mandou mensagens para ela, mas não foi respondido. Depois, um interlocutor entrou em contato com ela e ofereceu um emprego na CBF, o mesmo que foi negado dois anos antes, pelo dobro do salário da vaga. A ex-funcionária entendeu que poderia se tratar de uma tentativa de compra de silêncio e recusou a proposta.

Denunciado por três mulheres, Caboclo está afastado da presidência da CBF por 21 meses, até março de 2023. A defesa do dirigente nega as acusações.

Veja abaixo a nota enviada pela defesa de Caboclo ao ge:

"O presidente da CBF, Rogério Caboclo, não cometeu crime de assédio contra nenhuma funcionária da entidade. E nem mesmo a denunciante narra conduta que configura assédio. Infelizmente, Marco Polo Del Nero e seus comparsas armaram um golpe sem precedentes para retomar o controle do futebol brasileiro.

Esse grupo, que articula na instância administrativa para manter Rogério Caboclo afastado, não aceita o fim dos privilégios e esquemas que perduravam há muito tempo na CBF. O Conselho de Ética, que funciona como um verdadeiro tribunal de exceção, tem atuado com clara parcialidade ao longo do processo de afastamento e todas as decisões tomadas foram ilegais ou nulas, como ficará provado".

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