Os rivais Fortaleza e Ceará chegam às quartas de final da Copa do Nordeste como os dois times a serem batidos na competição. A dupla fez as melhores campanhas da primeira fase, liderando seus respectivos grupos. O Fortaleza fez a melhor campanha, somando 17 pontos em oito jogos. Por sua vez, o Ceará é a única equipe invicta da competição e tenta ganhar o torneio pelo segundo ano seguido.
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Esse bom momento do futebol cearense não veio de uma hora para outra. Em 2021, será a terceira vez consecutiva que Ceará e Fortaleza disputarão a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. De acordo com o técnico do Vozão, Guto Ferreira, a rivalidade entre os dois clubes faz com que a disputa seja hoje por um nível de investimento e estrutura que os façam se manter na elite do futebol nacional.
“É uma rivalidade sadia que ocorre com alguma integração. Há apoio e troca de ideias. Quando há necessidade de decisões para o coletivo, existe a união para o melhor do futebol do Ceará. Existe muito diálogo entre os presidentes e esse perfil de gestão de ambas as partes é muito importante. A competitividade se dá dentro do campo. Existe a rivalidade, mas acima de tudo existe a consciência que um só vai ser maior se o outro estiver crescendo”.
O que esperar de Ceará e Fortaleza nas quartas de final?
Ceará/DivulgaçãoFoto: Stephan Eilert/Ceará/Divulgação
Por jogarem em casa e serem os melhores times da competição, os times cearenses encontrarão CSA e Sampaio Corrêa com defesas bem fechadas e optando jogar no contra-ataque. Essa estrutura de jogo dos visitantes, claro, tem influência dos adversários que encontram, mas nada muito diferente do que já apresentaram na primeira fase da competição.
Mesmo sem ser o primeiro na tabela geral, o Ceará foi o time que mostrou, dentro de campo, o futebol mais convincente até aqui da Copa do Nordeste. Mesmo poupando boa parte do time nas primeiras rodadas e experimentando novos jogadores, o Vozão sempre demonstrou o mesmo padrão de jogo que encerrou o Campeonato Brasileiro do ano passado.
Diferentes de boa parte das equipes que disputam o Nordestão, o Ceará é uma equipe que sempre propõe o jogo, independentemente de quem seja o seu adversário. Muito disso se deve às entradas dos volantes Oliveira e do Charles à frente da defesa. Outro ponto forte é a bola parada do time, arma utilizada desde o ano passado, mas que ganhou reforço com as chegadas de Messias, Jael e Gabriel Dias.
Por gostar de jogar muito no campo de adversário e atuando contra um time que virá fechado, o Vozão precisa tomar cuidado nos contra-ataques, ainda mais sabendo que do outro lado tem Dellatorre, um dos artilheiros da competição, que precisa de poucas chances para balançar as redes. Sair atrás do placar na partida contra o CSA é um dos maiores receios da torcida alvinegra.
Fortaleza/DivulgaçãoFoto: Leonardo Moreira/Fortaleza/Divulgação
Mesmo com a melhor campanha da Copa do Nordeste, o futebol jogado pelo Fortaleza até aqui ainda desperta muita desconfiança por parte da sua torcida. Uma das explicações é que o torcedor tinha se acostumado com um time mais agressivo e rápido que viu nos últimos anos, durante o comando técnico de Rogério Ceni. Com a chegada de Enderson Moreira, a equipe passou a valorizar mais o setor defensivo, mas se sobressai em relação às outras equipes por conta do forte elenco que tem.
Outro fator positivo em relação aos jogadores é o tempo em que eles jogam juntos. A base do time do Tricolor do Pici é a mesma pelo menos há dois anos, algo que faz a diferença mesmo com um novo sistema de jogo implantado por Enderson. O destaque do time é o David, que tem dado o ritmo no setor de criação, acelerando ou cadenciando o jogo dependendo do decorrer de cada partida.
O ponto negativo do Fortaleza na competição fica por conta do posicionamento dos seus laterais, que ainda parecem não ter se adaptado a uma forma mais defensiva de jogo, sem poder se deslocar tanto para o ataque. Outro que parece não está tão confortável dentro do novo desenho tático é o atacante Wellington Paulista, cada vez mais parado na frente, sem dar mobilidade ao ataque.
