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Quem foi Silva Batuta, ídolo do Flamengo que morreu aos 80 anos?

O futebol brasileiro perdeu mais um de seus ídolos. Na noite desta terça-feira (29), faleceu aos 80 anos o ex-atacante Wálter Machado da Silva, mais conhecido como Silva Batuta, que marcou época entre 1950 e 1970 em clubes como Corinthians e Flamengo, além de ter disputado a Copa do Mundo de 1966.

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Silva passou os últimos dez dias internado no Hospital Pró-Cardíaco, no bairro de Botafogo, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Ele havia sido diagnosticado com a Coivid-19 há algumas semanas, mas ainda não há confirmação da causa de sua morte.

Mas quem foi Silva Batuta?

Silva BatutaFlamengo/DivulgaçãoFoto: Flamengo/Divulgação

Nascido na cidade paulista de Ribeirão Preto, em 1940, Batuta acumula passagens por diversos clubes, mesmo tendo jogado em uma época em que a fidelidade por um só time era quase obrigatória. 

Sua trajetória começou no São Paulo, na segunda metade da década de 50. E após jogar por Batatais e Botafogo-SP, Silva chegou ao Corinthians em 1961, onde teve grande destaque e se tornou um dos principais nomes do futebol do estado. 

Após 95 gols em quatro anos, ele foi contratado pelo Flamengo, clube pelo qual criaria grande identificação. 

Foi campeão carioca pelo Rubro-Negro no ano do Quarto Centenário da cidade do Rio de Janeiro, em 1965, e foi convocado para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo do seguinte. Inclusive, ele formou o ataque do Brasil ao lado de Jairzinho e Pelé na derrota por 3 a 1 para Portugal. Ao todo, Batuta fez seis jogos e marcou dois gols pela seleção canarinho. 

Utilizando sua conta oficial no Twitter, o Flamengo fez questão de homenagear o ídolo, que teve duas ótimas passagens pelo clube, a primeira entre 1965 e 1966, e a segunda entre 1968 e 1969. Artilheiro de muita habilidade, ele marcou 70 gols em 132 partidas em sua passagem pela Gávea, onde também conquistou o Campeonato Carioca de 1965. 

Barcelona e Santos de Pelé

Após retornar do Mundial, Silva, que jogava pelo Flamengo mais ainda pertencia ao Corinthians, foi comprado pelo Barcelona por 600 milhões de cruzeiros (algo em torno de R$ 20 milhões atualmente).

No entanto, a Espanha ainda não permitia o registro de jogadores estrangeiros e, com isso, Batuta acabou disputando apenas partidas amistosas pelo clube culé. Foram 15 jogos no total e oito gols marcados. 

Então, foi emprestado ao Santos de Pelé, onde foi campeão paulista em 1967. Após o título estadual, foi novamente emprestado ao Flamengo, onde seria recebido por um Maracanã lotado.

Artilheiro na Argentina

Silva Batuta também escreveu uma bonita história no futebol argentino, onde brasileiros não costumam se dar muito bem. 

Em 1969, foi contratado pelo Racing Club, que havia sido campeão mundial um ano antes. No novo clube, foi artilheiro do Torneio Metropolitano, com 14 gols. Até hoje, ele é o único brasileiro que conseguiu ser goleador máximo em solo argentino, onde é lembrado até hoje como um atacante extremamente técnico e com grande habilidade para cabecear, apesar de ter apenas 1,73m de altura. 

Batuta então retornou ao Rio de Janeiro em 1970, onde ajudou o Vasco da Gama a conquistar o título carioca daquele ano, quando o Gigante da Colina encerrou um jejum de 12 anos. 

Silva ainda acumularia passagens por Botafogo e Junior Barranquilla, da Colômbia, antes de se aposentar no modesto Tiquire Flores, da Venezuela.

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