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Portugal Ghana LeaoGetty Images

Portugal não é mais só o time de Cristiano Ronaldo – e o sonho de título mundial passa por isso

Um dos ensinamentos básicos para qualquer pessoa que esteja começando no mundo do futebol é que este esporte - tão amado em todo o mundo - é essencialmente coletivo. Qualquer tipo de reduções para dar a entender que tudo passa-se apenas por um atleta pode até soar bonito, mas não tem o menor lastro na realidade.

De alguns anos para cá, quem parece estar absorvendo essa verdade ao máximo é a seleção portuguesa. Embora ainda conte com os gols e a idolatria de Cristiano Ronaldo, é nítido ver que o time de Fernando Santos - muito criticado por supostamente "não tirar o melhor dos jogadores" - aprendeu que é possível ter vida sem o craque da Ilha da Madeira.

CR7 abriu o placar de Portugal na vitória sobre Gana, na primeira rodada da Copa. Depois, viu Bruno Fernandes dar duas assistências, uma para João Félix e outra para Rafael Leão, que assegurou o bom começo dos Quinas no Mundial.

No duelo desta segunda-feira(28), na vitória sobre o Uruguai, o 'Robozão' fez um jogo abaixo das expectativas, mas presenciou sua equipe fazer um jogo seguro na defesa e eficiente no ataque. Mais uma vez, Bruno Fernandes brilhou e anotou os dois golos da seleção europeia, que garantiu classificação para as oitavas de final.

Vale lembrar que no jogo mais importante da história da seleção portuguesa, a final da Euro de 2016, Cristiano Ronaldo praticamente não jogou. Uma lesão o tirou de campo logo no começo da partida contra a favorita França.

Mais uma vez, o coletivo fez a diferença e um "herói improvável" surgiu: o atacante Éder arriscou um chute de fora da área, já nos acréscimos da prorrogação e marcou o único gol do primeiro título europeu do país lusitano.

Para a Copa do Qatar, Portugal chega com uma seleção muito forte em todos os setores do campo. Muito mais do que depender do seu principal craque - que também está exposto aos efeitos do envelhecimento - vê-se uma equipe sido quem é com base no jogo coletivo.

Com uma geração privilegiada em talentos, a única saída para Portugal tentar o título inédito é jogar com a força dos seus 11 em campo e os possíveis cinco que possam entrar. Cristiano Ronaldo pode ser o capitão e líder, mas se for a única esperança, não é difícil prever a barca portuguesa afundando já com terra à vista.

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