A restrição à troca de técnicos na Série A do Campeonato Brasileiro mal nasceu e já chega ao fim. A medida foi derrubada pelos clubes nesta quarta, durante o Conselho Técnico dos times, e já passa a valer para a edição de 2022. A informação foi publicada primeiramente pelo portal Uol.
A mudança foi aprovada por unanimidade. Quem levou a discussão a debate foi o Corinthians, com o argumento de que a medida não tinha efeito prático. A regra dizia que um clube não poderia trocar de técnico mais do que duas vezes. Caso o fizesse, o próximo comandante da equipe só poderia ser um funcionário do clube, e não um profissional contratado de fora. O mesmo valia para os profissionais, que não podiam pedir demissão mais de duas vezes.
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De fato, o primeiro ano da restrição foi marcado pelo artifício do "comum acordo". Uma série de saídas de técnicos passaram a ser qualificadas como em comum acordo entre as duas partes. Com isso, nenhum dos dois perdia sua "cota" de demissão.
Foram apenas 21 trocas de técnicos no Brasileirão 2021, o segundo menor número, um a mais que o ano de 2012, que teve 20 mudanças de comando. Este ano foi o primeiro da regra que limita as demissões de treinadores, e foi a primeira vez na história que ninguém mudou três ou mais vezes de comandante.
Getty ImagesOs times que mais trocaram foram América-MG, Atlético-GO, Bahia, Chapecoense, Flamengo e Grêmio. Cada uma dessas equipes trocou de treinador duas vezes.
Um dado importante foi que cinco clubes mantiveram seus treinadores durante toda a competição. O campeão, Galo, manteve Cuca no comando, somente após o fim do torneio, o técnico pediu para sair, alegando problemas pessoais. Sylvinho foi assegurado pelo Corinthians. O argentino Vojvoda permaneceu no Fortaleza. Bicampeão da Libertadores, Abel Ferreira foi mantido pela diretoria do Palmeiras. E Maurício Barbieri continuou à frente do Bragantino.
Em 2020, foram 28 substituições no comando. A queda foi de 25%.
Os cinco times que não trocaram o treinador, estão entre os seis melhores colocados do Brasileirão 2021.
