Um dos principais artilheiros do futebol brasileiro nos últimos anos, campeão de quase tudo com o Flamengo, Gabigol ficou de fora da lista dos 26 convocados para a Copa do Mundo do Qatar e causou burburinho, especialmente nas redes sociais. A concorrência no ataque, no entanto, era, a mais dura e sobrou para o camisa 9 do Rubro-Negro ficar de fora.
Autor do gol do tricampeonato do Flamengo na Copa Libertadores, diante do Athletico-PR, Gabigol foi ausência nas últimas convocações, mas ainda nutria uma esperança, mesmo que pequena, pelo protagonismo e liderança dentro do clube carioca.
Ao todo, neste ciclo de Copa do Mundo, o atacante soma 14 jogos e 3 gols com a Amarelinha.A última partida de Gabi com a seleção havia sido no dia 27 de janeiro. De lá para cá, o camisa 9 do Flamengo passou por altos e baixos, e entrou em declínio junto da equipe, sob o comando do técnico Paulo Sousa.
Com a chegada de Dorival Júnior, o Flamengo voltou aos trilhos, mas Pedro ganhou espaço e correspondeu dentro de camisa. O camisa 21 passou a ser a referência no ataque do Rubro-Negro e emplacou grande sequência, fazendo gols e sendo decisivo. O jogador, vale ressaltar, esteve na primeira convocação de Tite neste ciclo de Copa do Mundo, mas foi cortado após grave lesão.
Tite nunca escondeu o desejo de contar com um jogador como Pedro na equipe, especialmente pela característica. Um centroavante “à moda antiga”, de presença na área e bom finalizador. Características essas que pouco encontradas entre os seus atacantes, a maioria de velocidade e muita mobilidade.
Além de Pedro, Gabi enfrentou as concorrências com Rodrygo, que vem se destacando com a camisa do Real Madrid. Além de poder ser utilizado como referência, como já foi algumas vezes pela seleção e como Ancelotti já disse que pode utiliza-lo cada vez mais, o jovem atacante também atuar pelas pontas. Antony e Raphinha também foram os outros concorrentes do jogador do Flamengo.
Outro ponto que pesou negativa contra Gabi foi a consistência defensiva, repetida por Tite algumas vezes durante a coletiva de imprensa. O treinador optou por atacantes que ele entende terem mais facilidade para ajudar defensivamente.
“Eu quero bater em uma tecla de equilíbrio, ele é fundamental. Na vida, não só no esporte. Há uma geração de atletas de alto nível, que estão se convocando. Eles estão buscando, com desempenho alto. Há uma versatilidade e priorizamos atletas importantes no meio para frente, mas não foge da ideia de equipe equilibrada. Para vencer em alto nível precisa de criação e gol. Isto não quer dizer que consistência defensiva não gera o ponto de equilíbrio para vencer. O bom momento deles gerou a convocação”.
Em outro momento, Cleber Xavier também falou sobre a concorrência no ataque e a ausência de Gabigol na lista.
“A explicação é que a gente acaba escolhendo dois por posição, dois externos direitos, dois externos esquerdos, a gente acha que está bem servido com os jogadores de lado, com características diferentes. Não só o Gabriel ficou de fora, mas atletas como o Cunha, hoje na reserva do Atlético, com pouca minutagem, mas foi importantíssimo das Olimpíadas, o Firmino também um grande jogador em um grande clube”.
