
Por Lucas Holanda - PL Brasil
Durante os anos 1950, o Wolverhampton era um dos grandes clubes da Inglaterra, conquistando três títulos da Liga Inglesa nesse período. Hoje, sem conseguir disputar as taças que venceu décadas atrás, os Wolves tentam atingir um patamar que é difícil se consolidar: o melhor time fora do famoso big 6, grupo formado por Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, e que tem o Everton como dono desse posto.
QUER VER JOGOS AO VIVO OU QUANDO QUISER? ACESSE O DAZN E TESTE O SERVIÇO POR UM MÊS GRÁTIS!
E os Wolves estão no caminho certo para assumirem essa vaga. Em sua primeira temporada na Premier League após ficar seis anos longe, o time conseguiu ficar na sétima posição, lugar que pode levar o clube aos playoffs da Liga Europa. Além disso, foi semifinalista da Copa da Inglaterra - eliminando Liverpool e United - e foi o terror do big six na temporada.
Para os Wolves voltarem a disputar uma competição europeia, algo que não acontece desde 1981, quando o clube jogou a Copa da UEFA, o Manchester City precisa confirmar o favoritismo e vencer o Watford na final da Copa da Inglaterra, que acontece no dia 18 de maio, em Wembley.
Uma vaga na Liga Europa seria espetacular para o Wolves, que já foi campeão da Championship jogando muita bola temporada passada e confirmou seu ótimo futebol na Premier League. Jogar uma competição europeia pode significar a manutenção de alguns destaques, como por exemplo, do meio-campo Rúben Neves, especulado em clubes do big 6. Além disso, é o diferencial na hora de contratar jogadores que interessam a clubes do mesmo patamar e que não jogarão torneios continentais.
Além dessa possível e provável vaga na Liga Europa, os Wolves têm outro trunfo na hora de manter e trazer jogadores: o professor Nuno Espírito Santo, que está no clube há duas temporadas e é fundamental na montagem do elenco. À frente do time da cidade homônima, ele tem o melhor aproveitamento de sua carreira, superando passagens no Porto e Valencia, por exemplo.
Getty Images(Foto: Getty Images)
O técnico português deu ao Wolves algo que é fundamental em equipes que pretendem voar mais alto: uma identidade. Os jogadores são extremamente obedientes ao que o treinador pede. É uma equipe que tem uma compactação muito rápida. Na fase defensiva, o 3-5-2 vira um 5-4-2, onde os alas Doherty e Jonny se juntam ao trio de zaga, formando a linha defensiva com cinco homens.
Ofensivamente, é um time com uma transição rápida, onde o 3-5-2 ganha uma amplitude imensa dos alas, que conseguem cruzar muito bem para Diogo Jota ou Raúl Jiménez concluírem em gol. O Wolverhampton também é uma equipe que consegue impor seu jogo. Não tem rejeição da bola. O meio-campo da equipe, setor que conta com nomes como Rúben Neves e João Moutinho, é vital na criação de chances reais de gols. Além disso, é um time que também consegue finalizar muito bem de longa distância e chega com perigo na bola aérea.
O Wolverhampton é um clube que soube gastar muito bem seus recursos e montou uma belíssima equipe. É um dos times mais legais de se assistir na temporada européia. Um esquadrão que, mesmo com suas limitações, não rejeita a bola e segue com a sua identidade. A temporada dos Wolves é fantástica e pode ficar ainda melhor se for coroada com a vaga na Liga Europa. O trabalho tem tudo para continuar sendo bem feito e podemos ver nos próximos anos resultados ainda melhores. Viva o professor Nuno Espírito Santo e a sua revolução nos Wolves!


