

Para a Rússia avançar às semifinais, o seu melhor exemplo para bater os croatas, em jogo marcado para às 15h deste sábado (07), está na exibição contra a Espanha – que terminou empatado em 1 a 1, antes do triunfo do time da casa nos pênaltis.
O primeiro ponto a melhorar é o seu desempenho no ataque.
Afinal de contas, nos seus maiores desafios – derrota por 3 a 0 contra Uruguai e o já citado embate contra os espanhóis – a equipe treinada por Stanislav Cherchesov conseguiu desferir apenas um chute a gol: contra os sul-americanos não foi o bastante, e perante a ‘Roja’ foi o gol de pênalti convertido por Dzyuba.
Entretanto, cientes desde o início do torneio de que são inferiores tecnicamente em relação a vários adversários, a entrega defensiva da equipe é o grande trunfo. E se a marcação forte foi justamente um dos pontos que dificultaram a vida dos croatas no dramático duelo contra a Dinamarca (com vaga decidida também na disputa de pênaltis), é justamente aí que reside a maior chance para os donos da casa.
Getty ImagesRússia encheu sua defesa com jogadores (Foto: Getty Images)
Porque se faltou objetividade à Espanha, nas oitavas de final, em parte isso foi graças à excelente marcação russa. Após a eliminação, os jogadores e treinador espanhol reclamaram da ‘retranca’ adversária – que irrita e acaba induzindo ao erro. Foi justamente naquele embate que Cherchesov deixou o 4-2-3-1 usado na fase de grupos para retornar ao sistema com cinco defensores à frente do goleiro Akinfeev.
Mas ao invés do 5-3-2, uma ‘pirâmide invertida’ usada no período de preparação, o comandante colocou ainda mais força para dificultar os adversários: 5-4-1, com Dzyuba de referência no ataque auxiliado pelas subidas de Samedov e Golovin.
Esta mesma fórmula pode funcionar contra os croatas por dois motivos essenciais: a dificuldade que o adversário deste sábado teve, diante da Dinamarca, ao lidar com a marcação no meio-campo e para criar pelos lados. O 5-4-1 dá boa amplitude defensiva no último terço (à frente da grande área) e também congestiona o setor do meio.
GettyAtenção especial com Rakitic e Modric (Foto: Getty Images)
Além disso, será preciso dar atenção especial a dois jogadores: Modric, o maestro croata, e Rakitic. Este último tem como especialidade o chute de fora da área (embora Modric tenha anotado, contra a Argentina, o único gol de tal distância nesta Copa) e vai arriscar de longe ao ser confrontado com a forte marcação russa.
Aproveitar as poucas chances ofensivas, manter a forte marcação vista contra a Espanha e dar atenção especial aos dois melhores jogadores croatas: o caminho para surpreender mais uma vez passa por estes três elementos.
