Historicamente, o estádio Santiago Bernabéu era um verdadeiro campo minado para os rivais. Dependendo de onde pisar, podem acabar se queimando. E qualquer erro em qualquer parte do campo poderia ser grave. Nesta temporada, no entanto, parece que são os jogadores blancos que devem usar chuteiras de chumbo, uniforme à prova de fogo e detectores de metal. Nem o duelo contra o Viktoria Plzen deixou a sensação de que o fogo que persegue os merengues pode ser apagado. A equipe ganhou, mas não convenceu. A missão ficou parcialmente completa.
De fato, até o momento em que Marcelo marcou o segundo gol no início do segundo tempo, a tragédia estava montada dentro do coliseu dos blancos nesta terça-feira (23). E desde o primeiro momento a equipe tcheca foi vista como inferior. Sergio Ramos já tinha conseguido acertar a trave com menos de dez minutos de jogo, e Benzema aberto o placar aos 11'. A noite estava convidando a vitória ao time da casa. O público pediu por isso. A equipe precisava disso e, acima de tudo, o técnico Julen Lopetegui.
O perigo não parou de tomar conta da partida. A equipe espanhola teve chances claras de gols que não entravam, assim como o mano a mano de Benzema e Isco. Mas era ainda pior na defesa, porque os erros davam vida à equipe do Viktoria Plzen. E facilitava também. De fato, as vaias no intervalo da partida, com o placar de 1 a 0, serviram de alerta.
O gol de Marcelo serviu para acalmar os ânimos por um tempo. Mas não para matar a sede que a torcida sentia. Com o jogo e os três pontos garantidos, já era hora de os jogadores reivindicarem a Lopetegui em campo, e não apenas na mídia. Mas esse ‘apoio’ nunca chegou. Anularam um gol legal de Benzema, e depois Lucas mandou um cabeceio para fora, uma bola perfeita para entrar no gol. Já o Viktoria Plzen marcou na única vez em que pisou na área dos merengues, no final do duelo.
O Real Madrid está de volta ao zero: alguns altos e muitos baixos. Um jogo insuficiente mais uma vez, dado o tamanho de seu rival. Parece que nesta temporada será difícil lutar por algum título. Poderia também ter sido a bomba final na carreira de Lopetegui no Santiago Bernabéu.
