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Cristiano Ronaldo Luka Modric Real Madrid 2017-18Getty Images

O que mudou no Real Madrid desde sua última final de Champions League?

Quatro anos depois, Real Madrid e Liverpool voltam a se encontrar em uma final da Champions League neste sábado (28), em Paris. E embora no time inglês os jogadores que, a princípio, vão começar contra os merengues pouco tenham mudado, no Real Madrid a mudança foi muito mais significativa.

Da última final, apenas cinco jogadores daquela equipe que Zinedine Zidane comandou vão estar, salvo alguma surpresa, no time titular: Dani Carvajal, Casemiro, Luka Modric, Toni Kroos e Karim Benzema.

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Todos os outros, como Thibaut Courtois, Éder Militão, David Alaba, Ferland Mendy, Federico Valverde e Vinícius Júnior, nem faziam parte do elenco do time espanhol, com exceção da possível titularidade de Nacho Fernández, que disputou aquela partida substituindo Carvajal, lesionado.

Abaixo, a GOAL mostra as principais mudanças do time espanhol.

Gol

Embora o início de Thibaut Courtois no Real Madrid não tenha sido dos melhores, o belga acabou conquistando o respeito e a confiança de todos os torcedores do Real, com atuações absolutamente decisivas.

Seus últimos dois anos e meio foram de notável excelência e sempre buscando evoluir cada vez mais. Neste mesmo ano fez defesas muito importantes na Liga dos Campeões, como o pênalti defendido de Messi, em Paris.

Keylor Navas Real MadridGetty Images

Keylor Navas havia conquistado o coração dos torcedores por ser fundamental na conquista das três Ligas dos Campeões consecutivas, mas Courtois fez todos “esquecerem” o goleiro, com atuações que o tornaram o melhor do mundo na atualidade.

Defesa

Aqui a troca de jogadores parecia mais dolorosa para os merengues, no entanto, tem sido uma das mais eficazes. Os quatro títulos conquistados entre 2014 e 2018 não podem ser entendidos sem jogadores como Pepe, Raphael Varane, Marcelo e, obviamente, Sergio Ramos.

Na verdade, com a evolução de Éder Militão, que terminou a temporada passada em alto nível, e a chegada de David Alaba, que veio de graça do Bayern, o Real Madrid formou uma defesa sólida, principalmente com a presença do austríaco.

20220421_Alaba(C)Getty images

Ambos combinaram uma dupla forte, unindo suas melhores características: contundência e liderança. O brasileiro tem tudo a ver com o físico e a juventude, enquanto o austríaco organiza e lidera a equipe, com grande leitura de jogo para um zagueiro.

Na lateral esquerda, Ferland Mendy, já titular naquele lado há algumas temporadas, é claro que sua principal contribuição tem sido defensiva, levando em conta, inclusive, que ele substitui Marcelo, que era um ala ofensivo, que contribuiu muito no ataque.

Meio-campo

Houve uma mudança nessa posição? Não e sim. Pela primeira vez em muitas temporadas, Casemiro, Tony Kroos e Luka Modric não são essenciais.

Eles ainda são manchetes, sim. Aliás, eles são frequentemente escalados juntos no time de Carlo Ancelotti, mas o passo gigante que Federico Valverde deu, a presença de Eduardo Camavinga e até os toques de Dani Ceballos na reta final da temporada, ajudaram muito o Real Madrid chegar à final.

Aliás, se olharmos para as reviravoltas, Valverde e Camavinga estiveram em campo nas três viradas contra PSG, Chelsea e City, com Modric como único representante do time campeão em 2017/18 - exceto contra a equipe de Guardiola, onde o croata também estava no banco.

Isso diz que essa mudança de geração também está começando a percorrer no meio-campo do Real, com os três tradicionais meio-campistas vivendo, talvez, suas últimas temporadas juntos.

Fede Valverde CamavingaGetty Images

Se há um jogador de futebol que pretende ser titular nessa grande final em Paris, é Fede Valverde. O uruguaio tem se tornado o jogador mais indispensável no meio-campo do Real Madrid nos últimos jogos.

Ataque

Aqui foi, sem dúvida, a posição em que o Real Madrid mais teve que se reinventar. A saída de Cristiano Ronaldo mudou completamente o projeto do time espanhol. O fato dos merengues terem passado três anos sem pisar na final da Liga dos Campeões não pode ser separado do adeus do português.

Algo lógico, claro, quando sai um dos melhores jogadores de todos os tempos, um jogador que, por números e títulos, pode bater de frente com qualquer jogador da história do Real Madrid, incluindo Alfredo Di Stéfano.

Cristiano Ronaldo Real Madrid Champions League PokalGetty Images

Para substituir o português, o Real Madrid teve que refazer completamente o ataque com "três contratações": Vinícius, Rodrygo e uma mudança radical e inesperada de Karim Benzema. O francês deixou de ser o melhor parceiro de Cristiano Ronaldo para se tornar o melhor atacante e o melhor craque do mundo ao mesmo tempo.

Sem ele, o Real Madrid perde-se no ataque, enquanto perde mais de 40 gols marcados nesta temporada, por exemplo. No entanto, a grande chave de mudança está na evolução de Vinícius Júnior.

O brasileiro tornou-se o parceiro ideal de Benzema e conseguiu deixar para trás a sua grande deficiência no começo da carreira: o gol. Nessa temporada, o ala marcou 21 gols e 20 assistências e, por esse desempenho, deverá estar presente em todos os rankings e premiações individuais desta época.

E o mais inesperado ainda, a reta final de Rodrygo Goes. O ex-jogador do Santos ganhou confiança e agora tudo que toca vira ouro. E numa final da Liga dos Campeões, tendo em conta que é, até agora, a competição em que mais atuou, todos temos em mente que é muito provável que tenha minutos na segunda parte e, por isso, pode ser decisivo nesta final.

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