A morte do Rei Pelé nesta quinta-feira (29) deixou o mundo do futebol em luto. O ex-jogador faleceu aos 82 anos, após um período de internação no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Edson Arantes do Nascimento não resistiu a complicações de um câncer no cólon e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele deixa seis filhos, além de um legado extraordinário. E um momento que foi certamente inesquecível na carreira do Rei do futebol: "o gol que Pelé não fez".
Dia 3 de junho de 1970. O Brasil estreou de forma avassaladora na campanha que acabaria com o Tri na Copa do Mundo, no México. Com dois gols de Jairzinho, um de Pelé e outro de Rivellino, a Seleção Brasileira enfiou 4 a 1 na Tchecoslováquia, no estádio Jalisco, em Guadalajara. A vitória, claro, sempre será lembrada como a primeira de um time histórico na Copa de 70. Mas um "quase gol" ficou mais famoso do que os quatro feitos pelo Brasil naquele dia.
"Por um fio, não entra o mais fantástico gol de todas as Copas passadas, presentes e futuras. Os tchecos parados, os brasileiros parados, os mexicanos parados - viram a bola tirar o maior fino da trave. Foi um cínico e deslavado milagre não ter se consumado esse gol tão merecido. Aquele foi, sim, um momento de eternidade do futebol", escreveu Nelson Rodrigues na crônica “O Grande Sol do Escrete, na época.
O que foi o gol que Pelé não fez?
"O gol que Pelé não fez" é o nome dado ao lance que o Rei do futebol finalizou do meio-campo na Copa do Mundo de 1970. No dia 3 de junho, o Brasil venceu a Tchecoslováquia por 4 a 1, na estreia da Seleção na competição, e o camisa 10 arriscou o arremate do círculo central tentando encobrir o goleiro tcheco Ivo Vikto - e não obteve sucesso. Naquele dia, a bola percorreu 60 metros de distância - a 105 km/h - e saiu pela linha de fundo. Apesar de não ter feito o gol, o momento ficou marcado para sempre na história do esporte.
