Por Bruno Guedes - @brguedes
O Flamengo começou a temporada focado 100% na Libertadores, grande sonho da nova gestão. Porém, paralelo a ela, o sempre criticado e falido Campeonato Carioca lançou luz sobre os jogadores da base e que buscam espaço. E nesse caso, tirando a importância quase nula do possível título, é para comemorar o achado de novos nomes.
Quando começou a maratona de jogos e o elenco Rubro-Negro passou a ser testado, Abel Braga preferiu revezar a equipe. Algumas vezes de forma até equivocada, colocando em campo equipes desequilibradas e sem um trabalho aceitável em termos táticos. Porém, mesmo sob pressão, os jovens jogadores que vem entrando mostram que podem virar importantes peças na temporada.
Entre eles, o volante Ronaldo. Uma das grandes promessas e que esperavam explodir há algum tempo, o jovem de 22 anos foi emprestado em 2018 e ficou esquecido na reserva durante um bom período de 2017. Com calma, trabalho e mais experiência, assumiu o protagonismo no chamado "time alternativo" do Flamengo e virou uma boa dor de cabeça para o Abelão. De ótimo posicionamento e demonstrando postura ofensiva que se pede aos jogadores atuais, deixou de ser terceiro reserva e virou opção.
Além dele, outra aposta para o futuro e já há quase um ano vem se destacando é o zagueiro Thuler. Enquanto a diretoria busca um nome no mercado, a promessa de 20 anos vem arrancando elogios por sua postura ativa e a boa técnica que virou necessidade no setor. E seu grande professor e espelho está ali do lado, Juan. Impossível não perceber que há orientação do lendário jogador com os mais novos. Fez ótimas partidas quando exigido, parecendo veterano.
Lucas Silva, Hugo Moura e Vitor Gabriel são outros novos nomes que surgiram em meio às experiências do Flamengo. Muito jovens e recém promovidos, oscilam entre boas atuações e outras abaixo do que podem. Por vezes sofrendo pressão da torcida. Assim como esses dois citados anteriormente, é natural que nem sempre estejam à altura dos demais.
E só com confiança e experiência que conseguirão. Só em partidas como a final contra o Vasco se desenvolvem essas habilidades que não ensinam na base.
Se há um título que o Flamengo já pode comemorar, independente de troféu ou não, é a de dar experiência e formar jovens atletas em uma situação real. Pode ser que não respondam tecnicamente de imediato, mas o amadurecimento que encontram disputando clássicos e sofrendo a pressão saudável da torcida será fundamental para os anos que virão.
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Bruno Guedes é músico, apaixonado por futebol e beisebol. Brasiliense por certidão e carioca de coração, acredita no futebol brasileiro e tem Romário como o maior jogador que viu dentro das quatro linhas. |

