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Vitinho Flamengo x Palmeiras Maracanã Brasileirão 27 10 18Buda Mendes/Getty Images

Ninho do Urubu: A explicação para o fracasso do Flamengo em decisões


Por Bruno Guedes


A gestão Bandeira de Mello no Flamengo ficará marcada, além do êxito financeiro e da reestruturação, pelo fracasso esportivo. Mas o maior problema não é a falta de títulos em si, e sim falhar nas horas decisivas. A próxima diretoria que assumir terá que mudar essa mentalidade se não quiser repetir a atual.

O Rubro-Negro chegou a diversas finais nesses últimos anos ou a momentos decisivos em que dependia apenas de si para triunfar. E em quase todas falhou. As maiores delas foram nas decisões das Copas do Brasil e Sulamericana 2017. 

Além disto, jogadores importantes também errando nas horas importantes e que poderiam decidir. Foi assim que, novamente quando o Flamengo precisou, as maiores estrelas do time falharam contra o Palmeiras. Mas apenas repetiram as falhas que já tinham cometido contra Corinthians, São Paulo, Cruzeiro... isso para recordar apenas este ano.

Por que isso? Há diversas explicações. Uma delas é a mentalidade pouco ambiciosa, conformista, derrotista. Há um sentimento que ainda está impregnado no clube e que vem lá de 2013, onde o importante era se reestruturar e ganhar "apenas se rolasse". Com a Copa do Brasil vencida, no mesmo ano, durante os dois próximos surgiu uma aura de "dever cumprido".

Não havia qualquer missão completa. E muito menos há agora. A frase clichê "o Flamengo é um gigante que se alimenta de títulos" acabou se esvaindo. O "deixou chegar" virou chacota, o "cheirinho" se tornou símbolo de ironia... 

Eduardo Bandeira de Mello Flamengo 2018Flamengo/Divulgação (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo/Divulgação)

E em campo o que se vê é, principalmente pela ausência de sentimento nas posturas, um ar blasé sobre o fracasso. Um conformismo. Há uma estranha afeição ao discurso de "tentaremos na próxima". Caso não consiga, ok, amanhã não estarão mais lá.

Não há próxima. A diretoria que vier em 2019 terá a mais dura das missões: mudar esta mentalidade. E isto não se muda apenas com palavras ou gestos, mas também com jogadores e identidade com a camisa que veste.

Bruno Guedes colunista torcedor Flamengo

Bruno Guedes é músico, apaixonado por futebol e beisebol. Brasiliense por certidão e carioca de coração, acredita no futebol brasileiro e tem Romário como o maior jogador que viu dentro das quatro linhas.

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