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Cristiano Ronaldo Portugal Espanha 15 06 2018Getty Images

Nascido para jogos grandes, Cristiano Ronaldo mostrou por que é a maior arma de Portugal

banner Copa 2018Header Tauan Ambrosio

Cristiano Ronaldo começou o Mundial 2018 fazendo história nos minutos iniciais e finais do jogaço contra a Espanha. Porque logo nos primeiros momentos da partida, em Sochi, sofreu e converteu o pênalti que deu vantagem aos lusos.

Importante, já que a equipe portuguesa poderia focar o seu jogo no contra-ataque, face ao poderio espanhol na posse de bola. Exatamente como o técnico Fernando Santos havia previsto antes do clássico ibérico.

De grande importância também individualmente para CR7, que se igualou a gigantes como Pelé, Uwe Seeler e Miroslav Klose, como autor de gols em quatro diferentes Mundiais.

Mas apesar de todo o esforço, a seleção portuguesa não tem, proporcionalmente, a qualidade de seu camisa 7. E contra uma equipe de tamanho talento quanto a espanhola, isso costuma ficar quantificado em gols. Diego Costa mostrou isso na metade do primeiro tempo, ao empatar, antes mesmo de Isco acertar a trave de Rui Patrício.

Cristiano, que momentos antes havia dado passe açucarado para Gonçalo Guedes se enrolar na hora de definir, percebeu que lá na frente só ele poderia ser decisivo contra uma equipe tão poderosa. Por conhecer a si próprio e também os adversários, como Sergio Ramos e Nacho, companheiros no Real Madrid, ou Piqué, com quem atuou no Manchester United.

Cristiano Ronaldo| Portugal | 2018Stu Forster/Getty Images(Foto: Getty Images)

Só não devia estar esperando uma falha tão grande quanto a de David De Gea, talvez o melhor goleiro da última temporada europeia, que aceitou o seu forte chute rasteiro. Portugal voltava a ficar na frente, mas o repertório da Espanha se sobrepôs no segundo tempo. Um jogo de grupo, que aproveita e aperfeiçoa as individualidades. Presença forte dentro da área, Diego Costa empatou e três minutos depois Nacho acertou um belíssimo chute para colocar os espanhóis na frente.

Honrando o hino da pátria, Portugal foi às armas. Ou melhor, Fernando Santos fez isso: colocou Ricardo Quaresma, que lutou mas não conseguiu fazer muita coisa, além de André Silva e João Mário. Os atuais campeões europeus mostravam a entrega de sempre, mas passavam a tão constante impressão de que sem Cristiano dificilmente as coisas dariam certo.

E aí, Piqué derruba o camisa 7 de Portugal perto da área. Falta perigosa, mas dificilmente terminaria em gol. Afinal de contas, se no início de sua carreira Cristiano Ronaldo dominava esse fundamento, recentemente se mostrou uma decepção neles. Nas últimas quatro temporadas pelo Real Madrid, foram 147 tentativas e apenas oito gols: aproveitamento baixo de 5,4%. Nas últimas Eliminatórias, de nove cobranças de falta com a seleção, um gol.

De Gea Cristiano Ronaldo Portugal Espanha 15 06 2018Getty ImagesDesafiando os próprios números, CR7 vai quebrando marcas (Foto: Getty Images)
GFX Cristiano Ronaldo

Mas CR7 não conhecia apenas o inimigo. Conhece a si mesmo e tem a confiança necessária para saber o resultado de cem batalhas, como escreveu Sun Tzu em “A Arte da Guerra”. Partiu para a cobrança e fez o que mais sabe: gols em grandes embates. Em apenas um jogo, Cristiano igualou o seu feito de três Copas anteriores com os três tentos sobre a poderosa Espanha.

Em toda a partida, arriscou quatro finalizações. Mais do que qualquer outro.

Portugal pode não ser, como CR7 mesmo reconheceu, favorita ao título. Mas com o camisa 7 em campo, difícil não considerá-la minimamente como candidata. E tudo isso, ainda que exista organização no trabalho de Fernando Santos, por causa de um só jogador, que domina como poucos a arte de ser decisivo... e nesta sexta-feira escreveu seu nome na história das grandes exibições em Copas do Mundo.

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