O Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou na manhã desta quinta-feira 20 mandatos de busca em endereços ligados a ex-dirigentes do Internacional e chegou a conclusão que a antiga direção do clube agia como uma organização criminosa.
A investigação apura crimes da gestão de Vitório Piffero, que comandou a entidade entre os anos de 2015 e 2016. Dentres as apurações estão crimes de apropriação indébita, estelionato, organização criminosa, falsidade documental e lavagem de dinheiro. As suspeitas vieram à tona após a divulgação de um relatório de uma auditoria contratada em 2017 após indícios de irregularidades nas contas do clube.
Em entrevista coletiva, o subprocurador-Geral do MP, Marcelo Dornelles, diz que a ação comprova a existência de "sacanagem" no futebol e confirma que o que aconteceu no clube gaúcho era algo escandaloso.
"No braço financeiro é uma coisa escandalosa. Em torno de R$ 10 milhões em espécie foram retirados do clube. Por fim, a questão do futebol é a mais delicada e que talvez tenha a maior expectativa. Nós provamos que tem sacanagem no futebol. Tem vários contratos em que claramente houve a contratração, o pagamento da contribuição do intermediário e depois, através da simulação com outras empresas, o dinheiro volta para o dirigente", afirmou.
Apesar de toda a repercussão do caso, o Promotor Flavio Duarte, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, diz que a atual direção do clube está colaborando para que tudo possa ser esclarecido.
"O Inter além de colaborar durante a investigação inteira, também é vítima de todos esses fatos. Estávamos diante de uma organização criminosa. A partir do momento em que o clube tem em todos os braços importantes do clube, o patrimonial, o financeiro, o jurídico e o esportivo, esse tipo de desvio, havia organização criminosa. E a participação do presidente. Não se imagina que cada um dos dirigentes estivesse agindo por conta própria, sem a ciência. Principalmente um presidente que era participante. Participava do futebol, chegou a exercer o cargo na própria gestão. Tinha participação em todas as esferas em que constatamos as fraudes", declarou.
Divulgação SC Internacional
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-presidente Piffero se defendeu das acusações e disse estar sendo prejudicado pelos atuais gestores.
"É lamentável. Me dediquei de corpo e alma ao Inter e, estar sendo tratado desta maneira pelo Inter é um absurdo. Quero que provem qualquer ato da minha gestão que eu tenha praticado e que tenha sido desabonatório. Espero que o MP me chame logo. Porque, se eu for depender apenas da minha defesa no Inter, sei que não tenho a menor chance".
Apesar do esquema revelado, até o momento não foi pedida a prisão de nenhum envolvido.
A investigação apura crimes da gestão de Vitório Piffero, que comandou a entidade entre os anos de 2015 e 2016. Dentres as apurações estão crimes de apropriação indébita, estelionato, organização criminosa, falsidade documental e lavagem de dinheiro. As suspeitas vieram à tona após a divulgação de um relatório de uma auditoria contratada em 2017 após indícios de irregularidades nas contas do clube.
Em entrevista coletiva, o subprocurador-Geral do MP, Marcelo Dornelles, diz que a ação comprova a existência de "sacanagem" no futebol e confirma que o que aconteceu no clube gaúcho era algo escandaloso.
"No braço financeiro é uma coisa escandalosa. Em torno de R$ 10 milhões em espécie foram retirados do clube. Por fim, a questão do futebol é a mais delicada e que talvez tenha a maior expectativa. Nós provamos que tem sacanagem no futebol. Tem vários contratos em que claramente houve a contratração, o pagamento da contribuição do intermediário e depois, através da simulação com outras empresas, o dinheiro volta para o dirigente", afirmou.
Apesar de toda a repercussão do caso, o Promotor Flavio Duarte, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, diz que a atual direção do clube está colaborando para que tudo possa ser esclarecido.
"O Inter além de colaborar durante a investigação inteira, também é vítima de todos esses fatos. Estávamos diante de uma organização criminosa. A partir do momento em que o clube tem em todos os braços importantes do clube, o patrimonial, o financeiro, o jurídico e o esportivo, esse tipo de desvio, havia organização criminosa. E a participação do presidente. Não se imagina que cada um dos dirigentes estivesse agindo por conta própria, sem a ciência. Principalmente um presidente que era participante. Participava do futebol, chegou a exercer o cargo na própria gestão. Tinha participação em todas as esferas em que constatamos as fraudes", declarou.
Divulgação SC InternacionalEm entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-presidente Piffero se defendeu das acusações e disse estar sendo prejudicado pelos atuais gestores.
"É lamentável. Me dediquei de corpo e alma ao Inter e, estar sendo tratado desta maneira pelo Inter é um absurdo. Quero que provem qualquer ato da minha gestão que eu tenha praticado e que tenha sido desabonatório. Espero que o MP me chame logo. Porque, se eu for depender apenas da minha defesa no Inter, sei que não tenho a menor chance".
Apesar do esquema revelado, até o momento não foi pedida a prisão de nenhum envolvido.
