O capitão do Barcelona, Leo Messi, confirmou que os jogadores do clube aceitaram uma redução salarial para diminuir os efeitos da crise causada pelo coronavírus. Durante o estado de alarme na Espanha, os jogadores receberão apenas 30% do salário total.
O argentino explicou tanto ele quanto os demais jogadores farão esse esforço para ajudar o Barcelona. Com a paralisação das competições esportivas, o clube catalão deixou de receber dinheiro das transmissões de televisão, das bilheterias e da venda de produtos, já que suas lojas estão fechadas.
No comunicado postado por Messi e repostado por outros jogadores, como Antoine Griezmann, o camisa 10 afirmou que os jogadores ajudarão o clube que tanto os solicitou para isso. Ele ainda afirmou que o elenco tentará manter o salário dos funcionários pagos integralmente.
Em um tom mais duro, o craque criticou a diretoria do clube. "Não deixamos de nos surpreender que dentro do clube houve quem tratou de nos colocar em segundo plano e tentar colocar pressão sobre algo que sempre tivermos total noção de que faríamos. Dito isso, o acordo demorou alguns dias porque simplesmente nós estávamos buscando uma fórmula para ajudar o clube e também seus funcionários nesses momentos tão difíceis".
Ex-jogadores e companheiros de Messi no Barça comentaram a publicação como Carles Puyol, Samuel Eto'o e Xavi. O ex-meio campista, por sinal, reafirmou o desejo pessoal de treinar o clube e ainda disse que tentaria a contratação de Neymar para reeditar o trio MSN.
Confira na íntegra o comunicado de Lionel Messi:
"Muito se escreveu e disse sobre o elenco principal do FC Barcelona no que se refere aos salários dos jogadores durante esse período de estado de alarme.
Antes de nada, queremos deixar claro que nossa vontade foi sempre de aplicar uma redução no salário que recebemos, porque entendemos perfeitamente que se trata de uma situação excepcional e somos os primeiro que SEMPRE temos ajudado o clube quando ele nos pede. Incluído muitas vezes que o fazemos por iniciativa própria, e em outros momentos que achamos importante.
Por isso, não deixamos de nos surpreender que dentro do clube houve quem tratou de nos colocar em segundo plano e tentar colocar pressão sobre algo que sempre tivermos total noção de que faríamos. Dito isso, o acordo demorou alguns dias porque simplesmente nós estávamos buscando uma fórmula para ajudar o clube e também seus funcionários nesses momentos tão difíceis.
De nossa parte, chegou o momento de anunciar que, além de reduzir em 70% nossos salários durante o estado de alarme, vamos fazer contribuições para permitir que os funcionários do clube recebam 100% dos seus pagamentos enquanto dure essa situação.
Se não falamos até agora foi porque o prioritário para a gente a era encontrar soluções que fossem reais para ajudar o clube, mas também para os mais prejudicados nessa situação.
Não queremos nos despedir sem enviar um afetuoso abraço e muita força a todos os torcedores que estão passando mal em momentos tão duros, assim como todos aqueles que esperam pacientemente em suas casas o final dessa crise. Vamos sair dessa em breve e sairemos juntos."
O coronavírus é um grande problema na Espanha. De acordo com o centro de estudos da covid-19 da Universidade Johns Hopkins, o país já tem mais de 82 mil casos confirmados da doença e, até agora, são 7,3 mil mortes em decorrência do vírus.


