Moise Kean foi alvo de ataques racistas na partida entre Juventus e Cagliari, pela 30ª rodada da Serie A, com transmissão feita pelo DAZN.
Kean marcou o segundo gol da vitória da Velha Senhora por 2 a 0 aos 40 minutos do segundo tempo, e torcedores do Cagliari foram ouvidos pela transmissão fazendo sons de macacos após o jogador italiano ampliar o placar.
No ano passado, Blaise Matuidi foi alvo do mesmo tipo de ataque jogando contra o Cagliari. O duelo ocorreu em 7 de janeiro de 2018, e o francês alegou ter sofrido racismo pela torcida adversária, porém, nenhuma atitude foi tomada.
O presidente do Cagliari, Tommaso Giulini, fez um relato infeliz sobre a reação de seus torcedores, alegando que tal ato teria acontecido mesmo e se Moise Kean fosse branco.
"Se Bernadeschi tivesse celebrado o gol assim, teria sido tratado da mesma forma por nossa torcida. Se Dybala tivesse feito as mesmas palhaçadas que a rainha do drama após o gol que Matuidi fez, ele teria sido tratado exatamente da mesma forma.
Não quero que as pessoas passem a ser hipócritas sobre isso, porque eu ouvi pelos jogadores da Juventus, que vieram até mim e confessaram que Kean estava errado em celebrar dessa forma.
Não podemos sair chamando toda a torcida do Cagliari de nomes ofensivos. Se aconteceram brincadeiras racistas, então os nossos fãs entenderam errado, mas isso aconteceu por causa da comemoração dele e teria acontecido mesmo se o autor do gol tivesse uma cor de pele diferente", diz o texto.
O colega de campo de Kean, Leonardo Bonucci, também deu sua declaração sobre o ocorrido.
"Kean sabe que, quando ele marca um gol, ele precisa focar em comemorar com seus colegas. Ele sabe que poderia ter feito algo diferente também.
Houveram brincadeiras racistas após o gol, Blaise ouviu e ficou bravo. Acho que a culpa é de metade/metade, porque Moise não deveria ter feito isso e Curva não precisava reagir daquela forma.
Somos profissionais, temos que dar o exemplo e não provocar os outros", declarou o italiano em entrevista à Sky Sport Italia.




