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Marcelo Cabo Atlético-GO 30 12 2020Heber Gomes/Atlético-GO

Marcelo Cabo explica receita do sucesso no Atlético-GO após saída de Mancini

Quando Vagner Mancini deixou o Atlético-GO, no decorrer de uma boa campanha de Brasileirão, para assumir o comando do Corinthians, a expectativa era de ver o Dragão ladeira abaixo. Afinal de contas, 2020 vem demonstrando bem o impacto que um time pode sofrer quando perde um treinador que faz um bom trabalho – vide o Flamengo sem Jorge Jesus, Inter sem Coudet e Fluminense agora sem Odair Hellmann.

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No entanto, se o Alvinegro Paulista melhorou sob o comando de Mancini o Atlético-GO também subiu seu rendimento sob o comando de Marcelo Cabo, que já possuía história no clube e herdou o trabalho deixado por Mancini elevando tanto o aproveitamento do time (40% com ex-técnico e 52.3% com o atual) quanto a posição na tabela, mesmo após a derrota sofrida contra o Grêmio no último compromisso de 2020. Se quando Mancini deixou o Atlético os goianos ocupavam a 14ª posição, hoje o time é o 12º e vê a ameaça do rebaixamento cada vez mais longe.

Fugir da degola ainda é o principal objetivo do time, mas em entrevista exclusiva para a Goal Brasil Marcelo Cabo deixa em aberto possibilidades até maiores para o Atlético-GO. Além de exaltar a estrutura do clube, dizendo ser uma das melhores do Brasil, Cabo também elogia o trabalho anterior feito pelo Mancini e explicou o que mudou no time desde sua chegada. Confira abaixo!

Esperava-se um baque no time pela saída do Mancini, algo que tem sido regra neste Brasileirão. Isso não aconteceu: por quê?

“Não aconteceu, principalmente, por causa dos jogadores, do comprometimento deles com o trabalho. Eu voltei para um clube que já conhecia muito bem, todas as esferas, e encontrei um trabalho muito bem realizado, primeiro pelo Mancini e também pela comissão permanente. Isso facilitou muito”.

“Encontrei uma equipe muito bem fisicamente, tecnicamente e muito bem estruturada taticamente. Eu só precisei dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito, e aí com o tempo a gente foi colocando a nossa filosofia de trabalho e nossos conceitos. O pulo do gato, acho, foi entender o que estava sendo feito e dar continuidade. Acho que foi minha grande sabedoria: ter a humildade de reconhecer um trabalho bem feito. Existia um trabalho muito bem feito, mas não estavam vindo os resultados. E aí nós conseguimos este equilíbrio entre performance e resultado”.

Qual foi a primeira coisa que você achou que tinha que resolver no time?

“Trazer um maior equilíbrio para a equipe. Eu identifiquei que eu precisava melhorar meu sistema defensivo e melhorar a performance ofensiva do Atlético. Apesar de criar bastante, o Atlético marcava poucos gols, e melhorar o aproveitamento como mandante. Acima de tudo, eu precisava estancar este problema da saída de bola, porque o Atlético proporcionava muito gol pela saída apoiada do goleiro. Então eu mudei um pouco esta saída de jogo e coloquei o pé do Jean (goleiro) como recurso, e não como uma solução. Desde então, não tomamos gols nesta nossa saída de bola. Isso e a bola parada: desde a minha chegada o Atlético não tomou gols de bola parada, esta é uma estatística espetacular”.

Na sua opinião, qual é a grande força deste Atlético-GO?

“A força do coletivo. E uma grande estrutura que o clube oferece para trabalhar. Isso ajuda bastante. O grande craque do Atlético é a força do conjunto. Posso garantir que o Atlético tem um dos cinco melhores CT’s e estrutura do futebol brasileiro”.

Escapar do rebaixamento ainda é o grande objetivo do time na temporada ou dá para pensar em voos mais altos?

“Ainda preocupa, a questão dos 45 pontos. Existem equipes de investimento altíssimos que estavam há muitos jogos sem vencer, com poucas vitórias. Então se a gente não mantiver um estado de alerta, a todo momento, a gente pode cair nesta sequência também. Dentro do clube, temos um painel dizendo quantos pontos faltam para chegarmos aos 45. Hoje, faltam 11 pontos, e fazer isso na Série A é muito difícil. Ainda preocupa, a gente precisa alcançar esta meta o mais rápido possível e aí sim, depois disso, vamos para outras metas maiores. É passo a passo, vendo o que a competição oferece”.

Recentemente você passou por um grande drama pessoal, que foi o caso de câncer na sua filha, que felizmente já está completamente curada. O quanto essa situação te afetou no trabalho?

“Foi um momento muito difícil, logo depois do acesso do CSA (2018). O acesso foi no sábado e numa terça-feira tivemos a notícia, e aí a gente perde o rumo, perdemos o chão. Mas aí a família se uniu bastante, Deus nos deu muita força para que ela pudesse fazer a cirurgia e extrair o tumor, para depois seguir com o tratamento. Eu tive que ter muita sabedoria e muito equilíbrio para saber separar o pessoal do profissional. Eu não podia parar minha carreira porque sou o provedor da minha família, sou um treinador na luta ainda, tenho uma família por trás de mim e precisava continuar trabalhando”.

“Deus foi generoso comigo por ter aberto as portas de um clube para mim, na cidade que minha filha estava fazendo tratamento, que foi Maceió. E aí eu agradeço ao presidente do CRB, Marcos Barbosa, pelo convite. Eu fiquei pouco mais de um ano e pude trabalhar e ficar perto da minha filha na continuidade do tratamento dela. E minha saída do CRB foi bem próximo ao último exame dela, quando tudo já estava muito bem controlado, e, graças a Deus, no final deu tudo certo. A gente só sai mais fortalecido disso como pessoa, como família”.

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Perguntas frequentes

A primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos foi disputada em 2003, ano em que o Cruzeiro se sagrou campeão.

Não. Em 2003 e 2004, o Campeonato Brasileiro tinha 24 times, número que baixou para 22 na edição de 2005. Desde 2006, 20 equipes participam da Série A do Brasileirão.

Desde 2016, os seis melhores times do Brasileirão garantem uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, sendo que os quatro primeiros vão diretamente para a fase de grupos e os outros dois disputam a pré-Libertadores.

Considerando toda a história do Campeonato Brasileiro, Roberto Dinamite, com 190 gols em 328 jogos, é o maior goleador da competição.

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