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Gabigol Internacional Flamengo Libertadores 28082019

Mais seguro, eficaz e corajoso, Flamengo supera traumas e volta à semifinal da Libertadores

É preciso respeitar sempre o futebol e seu imponderável. O esporte já passou grandes lições, corrigindo soberbas e inspirando a crença no impossível. Exatamente por isso, o Internacional tinha todos os motivos para acreditar em uma virada sobre o Flamengo, dentro do Beira Rio, que o levaria à semifinal da Libertadores: jogava em casa, tem um bom time e possui experiência no torneio. Mas desta vez não há dúvidas de que a vitória do Rubro-Negro no duelo de ida, por 2 a 0, acabou por decretar a vaga a favor dos cariocas, após o empate por 1 a 1 na volta.

O primeiro tempo no Beira Rio foi quase uma repetição do visto, uma semana antes, no Maracanã: um Flamengo dominando as ações e criando até mais. Não fossem duas oportunidades claras desperdiçadas por Gabigol, o Rubro-Negro poderia até mesmo ter sacramentado a sua vaga logo nos 45 minutos iniciais. Quando o Inter voltou melhor para a etapa derradeira, a equipe treinada por Jorge Jesus passou a administrar mais a sua vantagem. Levou alguns sustos, o maior deles o gol marcado, de cabeça, por Rodrigo Lindoso, aproveitando bola levantada sobre a área. Um lance fortuito dentro do contexto visto até então.

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Logo depois do gol, o Inter cresceu, empurrado pela sua torcida. Muito mais na vontade do que qualquer coisa, mas obrigou o time carioca a fazer algo raro desde a chegada de Jorge Jesus: dar chutão para a frente, se livrar da bola. Aconteceu apenas uma vez com um evidente toque de apreensão. O Flamengo tinha o resultado a seu favor e rapidamente voltaria a ser superior em campo, mas era como se todas as últimas dez eliminações na Libertadores, todas elas antes de uma semifinal, quisessem soltar um último grito. Como se fosse o último suor da febre antes do corpo voltar a ficar saudável.

Só que desta vez, tudo estava em seu lugar: um trabalho excelente feito pelo treinador, elenco com grandes qualidades individuais e regulamento debaixo do braço.

Aos 85 minutos, Bruno Henrique recebeu lançamento de Arrascaeta e, com passos largos, percorreu todo o campo de ataque até entregar a bola para Gabigol, que desta vez não desperdiçou, fazendo o gol do empate e classificação. Após dez participações e 35 anos, o clube mais popular do Brasil enfim voltou a uma semifinal de Libertadores. Jogando um futebol envolvente e demonstrando predicados em todos os seus setores – defesa, meio e ataque. Sem medo, como aconteceu nos quatro mágicos anos em que Zico e companhia ainda estavam em campo pelo certame continental – sem querer fazer aqui nenhuma comparação entre as equipes, obviamente.

AnoCampanha
1981Campeão
1982semifinal
19831ª fase
1984semifinal
1991quartas
1993quartas
20021ª fase
2007oitavas
2008oitavas
2010quartas
20121ª fase
20141ª fase
20171ª fase
2018oitavas

O Flamengo levantou seu único título em 1981, justamente na sua estreia em Libertadores. Em 1982 e 1984 chegou às semifinais, demonstrando, apesar da falta do título, toda a sua força. Nas décadas que separam a última participação nas semifinais até este 2019, a frase “deixou chegar” foi muitas vezes usada pela torcida rubro-negra (que seguiu comemorando títulos estaduais, brasileiros e de Copa do Brasil), uma sentença que de certa forma também indica uma incapacidade nos adversários. Desta vez, por característica de jogo, força na instituição e qualidades individuais, o Flamengo apenas chegou. Passando por cima dos seus adversários com autoridade.

Independentemente do que possa acontecer contra o Grêmio, adversário no caminho para a grande decisão, há muito tempo o Flamengo não tinha um time tão confiável e que jogasse tão bem. Ninguém deixou chegar, o Rubro-Negro apenas chegou. Ou melhor, voltou.

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