Lucas segue decisivo no Tottenham e volta a colocar uma interrogação na lista de Tite
Lucas Moura finalizou a temporada passada como grande herói de uma das maiores viradas na história da Champions League, quando em dez minutos fez três gols sobre o Ajax, transformando uma derrota por 2 a 0 na vitória por 3 a 2 que levou o Tottenham à uma inédita final. Embora não fosse titular absoluto na equipe treinada por Mauricio Pochettino, o brasileiro teve desempenhos marcantes – fez dois gols sobre o Manchester United em pleno Old Trafford, por exemplo, além de boas participações em outros duelos de considerável dificuldade.
As exibições marcantes na reta final da última temporada, quando precisou substituir Harry Kane, durante o período em que a grande estrela do Tottenham se recuperava de lesão, motivaram todo um clamor popular para que o jogador revelado pelo São Paulo estivesse presente na lista de convocados para a Copa América. Não foi o bastante, entretanto, para convencer Tite na época e nem após o corte de Neymar. Ainda não é o suficiente para recolocá-lo na seleção brasileira, que teve sua lista de convocados para amistosos de setembro, contra Colômbia e Peru, divulgada na última sexta-feira (16).
Exatamente por isso, o lembrete a Tite de que Lucas Moura é brasileiro e sonha em voltar a vestir a camisa canarinho voltou a ser dado, neste sábado (17), depois que o meia-atacante precisou de apenas 19 segundos para fazer o gol que garantiu, fora de casa, o empate por 2 a 2 contra o Manchester City. O camisa 27 entrou em campo no segundo tempo, e sua primeira ação no gramado do Etihad Stadium foi seguir a rotina de se mostrar decisivo – na primeira rodada, ele já havia dado uma das assistências para gol na vitória por 3 a 1 sobre o Aston Villa.
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— Tottenham Hotspur (@Spurs_PT) August 17, 2019
O que mais impressiona em relação à ausência de Lucas Moura na seleção brasileira, além de seu comprovado poder decisivo, é a polivalência nas funções que pode desempenhar em campo. Pensando em um 4-2-3-1, na temporada passada ele atuou em todas as posições do “três” e também como o “um”, mais avançado, do desenho tático, fazendo também o papel de segundo atacante em um 4-4-2.
Uma de suas funções principais, contudo, é bem parecida à feita por Gabriel Jesus durante a Copa América: saindo da ponta-direita, entrando “em facão” na área para finalizar como atacante. As escolhas de Tite para o ataque foram boas (Bruno Henrique, David Neres, Firmino, Neymar, Richarlison e Vinícius Júnior), mas fica uma pulga atrás da orelha quando um dos heróis da última Champions League, e que segue como destaque do Campeonato Inglês, não é chamado. Merecimento não falta.