Você já ouviu falar na palavra “gegenpressing”? É uma expressão alemã que se refere ao estilo de jogo em que os jogadores fazem uma pressão dura no adversário que tem a bola, aumentando as chances de erro e consequente recuperação da posse para chegar ao gol de forma mais rápida, aumentando a possibilidade de estufar as redes.
É como se fosse um contra-ataque do contra-ataque.
Vários treinadores usam e já usaram o modelo “gegenpressing” de futebol. Nomes como Guardiola, Mauricio Pochettino e Marcelo Bielsa, por exemplo. Mas, até pela expressão germânica, nenhum técnico é tão associado a este tipo de jogo, que embora não seja novo se encaixa perfeitamente no ritmo cada vez mais acelerado do esporte, quanto Jurgen Klopp.
Basta dizer que o Liverpool treinado pelo alemão é um dos times que mais consegue roubar a bola dos adversários, um trabalho que começa logo no ataque, com Mané, Firmino e Salah. Na atual temporada, considerando os principais times da Europa os Reds são os que mais contabilizaram desarmes até aqui: foram 472, de acordo com a Opta Sports.
Nesta quarta-feira (18), na suada vitória por 2 a 1 sobre o Monterrey, que garantiu o Liverpool na final do Mundial de Clubes, onde irá enfrentar o Flamengo, a equipe de Jurgen Klopp não fez um grande jogo. E o fato de não ter conseguido aplicar uma pressão intensa nos mexicanos ajuda um pouco a explicar a história do jogo.
Ainda que tenham entrado em campo sem o máximo de sua força, mesmo levando em conta os desfalques, os Reds tiveram um dos piores números de desarmes na atual temporada: foram apenas oito, de acordo com a estatística da Opta, melhor apenas na comparação com a vitória sobre o Southampton, na segunda rodada da Premier League (7), ainda quando o Liverpool engrenava no início de campanha.
Não é a única explicação para a dificuldade do Liverpool contra o Monterrey, mas é um ponto importante: os atuais campeões europeus não conseguiram jogar como fazem em seus melhores momentos.


