
Um jogo que reúne nomes como Robert Lewandowski, Sadio Mané, Mohamed Salah e Roberto Firmino e ainda assim termina sem gols é decepcionante. Foi o que aconteceu nesta terça-feira (19) no primeiro encontro entre Liverpool e Bayern de Munique, pelas oitavas de final da Champions League.
Quem não decepcionou foi o brasileiro Fabinho. Muito pelo contrário e especialmente pela situação. O jogador encarou a difícil missão de ser improvisado no miolo de zaga para substituir o suspenso Virgil van Dijk. Hoje, poucos defensores são melhores do que o holandês.
Atuando mais pela esquerda, enquanto Matip ficou ao seu lado pela direita, o campineiro teve excelente participação nas transições para o ataque – embora não tenha sido noite de inspiração para quem estava mais à frente, graças também ao desempenho excepcional de Hummels pelo Bayern.
Foram 66 passes, menos apenas do que o meio-campista Jordan Henderson, com aproveitamento aproximado de 82% e três rebatidas. O ponto alto, no entanto, foi o desarme certeiro na pequena área, já no segundo tempo, quando a bola estava nos pés de Lewandowski – a quem o brasileiro negou praticamente todos os espaços.
Após o jogo, o lateral-esquerdo Andrew Robertson elogiou a exibição improvisada do brasileiro: "Fabinho tem uma classe diferente. Ele fez bem o trabalho e conseguiu uns bons desarmes. Nós estávamos lá para protegê-lo, mas ele não precisou disso", disse para a BT Sport.
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Fabinho iniciou a carreira como lateral-direito e ganhou destaque na posição, sendo inclusive convocado para a Seleção Brasileira. Entretanto, ainda no Monaco, encontrou a vocação como volante – função que vem desempenhando com enorme competência no Liverpool. Contra o Bayern, em Anfield, fez apenas a segunda partida como zagueiro. A primeira delas foi uma derrota por 2 a 1 na FA Cup para o Wolverhampton, sem Van Dijk ao seu lado; a segunda terminou em vitória sobre o Brighton, pela Premier League, com o holandês lhe fazendo companhia.
No maior desafio enfrentado sob esta situação de improviso, Fabinho foi praticamente perfeito no mais alto nível. Poucos jogadores no mundo possuem uma capacidade de serem tão úteis em diferentes posições, cumprindo um papel com tamanha qualidade. E se o ponto negativo para o Liverpool foi ter deixado o campo sem gols a seu favor, ter impedido que as noves finalizações do Bayern chegassem na direção de Alisson foi um alento que teve no brasileiro o principal responsável.




