
Absoluto. Não teve meio-termo no jogo de ida das quartas de final da Champions League, que terminou com vitória por 3 a 0 do Liverpool sobre o Manchester City.
O futebol de pressão absurda no adversário e transição rápida para o ataque, característica dos times treinados por Jurgen Klopp desde os tempos de Borussia Dortmund, talvez tenha encontrado a perfeição no primeiro tempo do jogo realizado nesta quarta-feira (04).
Tudo que o Liverpool tentou deu certo, ao passo em que o oposto aconteceu com a equipe treinada por Guardiola. A competência dos Reds foi aliada à sorte de ter feito três gols em suas três primeiras chegadas ao ataque.

Embora tenha terminado o primeiro tempo com maior posse de bola, e acerto nos passes [81.1%, segundo estatísticas da Opta Sports], o City não conseguiu levar perigo. No segundo tempo, a intensidade do Liverpool diminuiu, o time de Guardiola melhorou... mas nenhuma das 11 finalizações deram trabalho ao goleiro Karius, que não precisou fazer uma defesa. No total de 90 e poucos minutos, o Liverpool acertou 5 de 9 arremates. Muito mais efetivo.
DESEQUILÍBRIO TAMBÉM ENTRE FIRMINO E GABRIEL JESUS
Também não houve meio-termo nas atuações de Roberto Firmino e Gabriel Jesus. O jogador do City, titular na Seleção, mal conseguiu participar do jogo. Dificilmente a bola chegava até ele, que arriscou somente uma finalização fora do alvo e ainda levou um cartão amarelo infantil. Foi um dos menos participativos no gramado.
Do outro lado, Firmino deu assistência para o primeiro gol [de Salah] e foi um incômodo constante para a defesa adversária. Gabriel Jesus pode ser merecedor da titularidade no time de Tite, mas a melhor temporada de clubes é de Roberto, e isso voltou a ficar evidente. De qualquer forma, é uma disputa que só faz bem à Seleção Brasileira.
CITY AINDA PODE SONHAR?
Getty Images(Foto: Getty Images)
Ainda que tenha saído com uma derrota elástica, e sem ter conseguido marcar um gol sequer, o Manchester City ainda pode reagir. Pelo futebol que joga, e pelo histórico contra o adversário.
Este foi o terceiro jogo na temporada entre as equipes. O primeiro deles terminou com vitória por 5 a 0 do City em sua casa, embora a defesa do Liverpool fosse outra [Matip, Klavan e Moreno], exceção à presença de Alexander-Arnold na lateral-direita. O outro encontro terminou em 4 a 3 para os Reds.
É claro que será uma missão quase impossível para o time de Guardiola, mas se tudo deu certo para Klopp ficar na vantagem no total de confrontos entre os treinadores [6 a 5 para o alemão]... por que o mesmo não pode acontecer no jogo de volta?





