
Nenhum jogador começou a temporada passada com uma expectativa tão alta quanto Neymar. Afinal de contas, em agosto de 2017 o brasileiro foi anunciado como reforço do Paris Saint-Germain quebrando o recorde de maior transação do futebol em todos os tempos: € 222 milhões foram pagos para tirá-lo do Barcelona, mas o saldo final não foi dos melhores. Tanto, que a maior estrela do Brasil ficou de fora do Top-20 do prêmio Goal 50 em 2018.
Ao optar por deixar o Camp Nou, onde já havia entrado na história com títulos e uma enxurrada de gols marcados ao lado de Messi e Suárez, o brasileiro anunciava oficialmente a vontade de ser eleito o melhor do mundo, e longe da sombra do argentino a missão seria menos difícil. No Parque dos Príncipes, Neymar recebeu a camisa 10 e a responsabilidade de levar o PSG a um novo patamar. Como? Conquistando o tão sonhado título da Champions League.
O início foi promissor, com cinco gols nos cinco primeiros jogos, mas as polêmicas também não demoraram a aparecer e Neymar protagonizou discussões com Edinson Cavani pelo protagonismo nas cobranças de pênalti. Torcida e crítica ficaram ao lado do uruguaio, que já era ídolo na França, e o camisa 10 viu que não eram necessários apenas gols e assistências para ser considerado herói: a sua atitude era tão importante quanto. E em campo ele começava a entender isso até que uma lesão no pé direito acabou com a temporada.
(Foto: Getty Images)
A grande aposta parisiense ficou de fora do jogo de volta das oitavas de final da Champions, contra o Real Madrid, e os franceses foram eliminados. O sonho do PSG havia acabado ali, mas o de Neymar ainda poderia ser alcançado através da campanha brasileira na Copa do Mundo. Antes, no entanto, era preciso se recuperar da lesão sofrida no quinto metatarso do pé. O camisa 10 só conseguiu voltar a pisar no gramado semanas antes da estreia, e fez gols nas vitórias sobre Costa Rica e México.
(Foto: Getty Images)
Nas estatísticas oficiais da FIFA, Neymar foi quem mais tentou fazer gols. Foram 27 arremates, mas a sua participação no torneio ficou marcada pelo excesso de quedas nos gramados e, especialmente, o exagero nas reações após as faltas adversárias. A eliminação nas quartas de final para Bélgica não ajudou, mas o pior de tudo sob o ponto de vista individual foi ver a sua imagem arranhada através de memes que ironizavam as suas quedas. Mais do que nunca, o craque se viu em baixa. A grande expectativa gerada pela contratação do PSG e estimulada pelo que ele poderia fazer na Copa do Mundo terminou com o seu pior momento.
Isso ficou atestado com a sua posição no prêmio Goal 50, mas ainda há esperança de melhora e o próprio Neymar vem demonstrando isso na temporada atual. Em 16 jogos com o PSG foram 13 gols. Agora sob o comando do alemão Thomas Tuchel, o brasileiro se vê mais participativo e influente nas chances criadas para os companheiros de time. Em outras letras, parece ter entendido que o momento é, enfim, o de se levantar para ser aquilo que ele tem o potencial para conseguir. E que venha o prêmio Goal 50 2019!


