Podemos dividir a temporada do Internacional neste ano em duas datas: antes da final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR e depois. A derrota na final mudou o ano do Colorado e foi um dos principais fatores da demissão de Odair Hellmann. Agora, pelo Brasileirão, as duas equipes se reencontram com um Inter muito mais ofensivo e leve.
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Esse era um dos principais pedidos da torcida para Odair: que ele montasse uma equipe mais ofensiva, especialmente fora de casa. O Colorado até se impunha dentro do Beira-Rio, sim, mas fora de casa, por muitas vezes o Internacional abdicava da bola e assistia o adversário jogar, esperando um contra-ataque. Com a chegada de Zé Ricardo, isso parece ter mudado.
O ex-treinador do Fortaleza não foi a primeira opção do Internacional, que queria o argentino Eduardo Coudet. Com a recusa do atual técnico do Racing, a equipe gaúcha assinou um contrato até o final do ano com Zé Ricardo, e os primeiros resultados vendo sendo animadores, ainda que não brilhantes.
No primeiro jogo de Zé Ricardo no comando do clube, o Colorado já conseguiu algo que não vinha conseguindo com Odair: uma vitória fora de casa. Além disso, o Inter bateu o Bahia, um adversário direto na briga pela Libertadores. Na escalação e no desempenho ofensivo, o que vimos foi uma equipe mais leve, com vários jogadores rápidos, como Wellington Silva, Neílton e Guilherme Parede.
Na era Odair Hellmann, esses atletas dificilmente ganhavam minutos como titular, ainda mais em jogos importantes. No primeiro jogo da final contra o Athletico, Odair preferiu escalar D'Alessandro, Patrick e Nico López, jogadores mais lentos, cuja tendência é perderem espaço com Zé Ricardo. Além disso, contra o Fla, nas quartas-de-final da Libertadores, Odair chegou até a colocar Rafael Sóbis, já nenhum garoto, um atleta que não tem a mesma velocidade dos tempos áureos.
A partida contra o Bahia pode ter representada uma ruptura neste estilo mais defensivo: o Inter teve mais finalizações que o rival e quase teve a mesma posse de bola que o Tricolor de Aço, mesmo atuando dentro da Fonte Nova. Contra o Athletico, a tendência é que Zé Ricardo mantenha esse esquema propositivo e veloz.
O Inter enfrenta o Furacão nesta próxima quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), e precisa vencer para tentar entrar no G-4.




