+18 | Conteúdo Comercial | Aplicam-se termos e condições | Jogue com responsabilidade | Princípios editoriais
Dudu Palmeiras Colo Colo Copa Libertadores 03102018NELSON ALMEIDA/AFP/Getty

Histórico serve de alerta para Dudu: craques do Brasileirão têm sofrido para emplacar na seleção

Header Tauan Ambrosio

Dudu foi eleito craque do Brasileirão 2018. Praticamente indiscutível. O camisa 7 do Palmeiras foi o jogador com maior participação direta em gols nesta edição do campeonato (21), além de ter sido líder de assistências (14) no caminho até o título alviverde.

O meia de 26 anos tem contrato até 2022 com o Palmeiras e atrai o interesse do exterior, mas talvez o seu principal sonho esteja na Seleção Brasileira, que em 2019 disputa em casa a Copa América. Ao longo de sua carreira, Dudu entrou em campo apenas três vezes com a camisa canarinho - duas em 2011 e uma em 2017, na lista que contava apenas com jogadores que atuavam em território nacional para o amistoso contra a Colômbia, que homenageou as vítimas da tragédia da Chapecoense.

Provavelmente, o maior artilheiro do Palmeiras neste século (55 gols) será lembrado em breve por Tite.

Engrenar uma carreira longa pela Seleção, entretanto, é outra conversa. Não apenas pela dificuldade de ver um meia que atua no futebol brasileiro conseguir vaga em meio à competição com os astros da Europa: desde 2014, quando iniciou o último ciclo visando Copa do Mundo, nenhum dos líderes de assistências do Brasileirão conseguiu marcar o seu lugar na equipe nacional.

Everton Ribeiro (11 assistências em 2014), Jadson (12 em 2015), o próprio Dudu em 2016 (10) e Gustavo Scarpa (em 2016 deu passes para 10 tentos, e no ano seguinte subiu para 12) estiveram longe de serem figurinhas carimbadas nas convocações. Todos eles meias ou pontas, concorrendo com nomes como Neymar, Willian, Coutinho, Douglas Costa e outros.

Mas não é algo direcionado apenas à posição nos gramados. Considerando os últimos jogadores eleitos como craques do Brasileirão, a verdade incômoda é que menos da metade engrenou uma sequência respeitável, digamos, por suas seleções. A CBF organiza a premiação desde 2005, e dentre as 13 edições apenas cinco atletas foram figuras constantes em suas equipes nacionais. Ou seja: 38,4%, muito menos da metade.

Em 2005, Tévez ainda era chamado constantemente para a Argentina e seguiu assim no período subsequente à premiação. Neymar (2011) dispensa comentários. Maior artilheiro do Brasileirão de pontos corridos, Fred recebeu a honraria em 2012 e teve papel importante na Copa das Confederações, além de ter sido titular no Mundial de 2014. Renato Augusto (2015) e Gabriel Jesus (2016) completam a ala da minoria que conseguiu um lugar nas equipes nacionais.

Hernanes BrasilHernanes: sequência anos após ter recebido o prêmio (Foto: Getty Images)

Quando recebeu as premiações de 2006 e 2007, Rogério Ceni não foi chamado nenhuma vez desde então – na casa dos trinta e poucos anos, já era consagrado e fez parte do elenco que conquistou o Penta em 2002. Diego Souza (2009) voltou a ser cogitado antes da Copa de 2018, mas não chega a dez partidas com a camisa canarinho. Conca (craque de 2010) nunca recebeu chances na seleção argentina, enquanto Everton Ribeiro (2013 e 2014) também não conseguiu um lugar. Jô (2016) chegou a ter convocação cogitada, mas não concretizada – seu último jogo foi no Mundial de 2014. Hernanes é o caso mais curioso. Craque do Brasileirão em 2008, só foi ser um regular na Seleção Brasileira a partir de 2010.

Dudu Palmeiras campeão Brasileirão Série A 02122018GettyDudu terá trabalho para cravar o seu lugar na Seleção (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

Dentre jogadores que atuam como meias ou pontas, apenas Neymar – um grande ponto fora da curva – garantiu a sua vaga como selecionável constante após ser eleito o craque o Brasileirão. Dudu merece uma chance, mas não será fácil convencer Tite a lhe dar a segunda, terceira, quarta ou quinta.

Publicidade

Perguntas frequentes

A primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos foi disputada em 2003, ano em que o Cruzeiro se sagrou campeão.

Não. Em 2003 e 2004, o Campeonato Brasileiro tinha 24 times, número que baixou para 22 na edição de 2005. Desde 2006, 20 equipes participam da Série A do Brasileirão.

Desde 2016, os seis melhores times do Brasileirão garantem uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, sendo que os quatro primeiros vão diretamente para a fase de grupos e os outros dois disputam a pré-Libertadores.

Considerando toda a história do Campeonato Brasileiro, Roberto Dinamite, com 190 gols em 328 jogos, é o maior goleador da competição.

ENJOYED THIS STORY?

Add GOAL.com as a preferred source on Google to see more of our reporting

0