É indiscutível que Pep Guardiola é um dos treinadores mais vitoriosos da história do futebol. No comando do Manchester City, conquistou a última Premier League com sobras, disputa a liderança da atual rodada a rodada com o Liverpool e tem a chance de cravar uma inédita quádrupla coroa. Para isto, porém, precisa superar uma falha recorrente em seu currículo: a Champions League.
Nesta terça-feira, em Londres, os Citizens encaram o Tottenham na partida de ida das quartas de final da maior competição de clubes da Europa. Para o treinador espanhol, é o momento de viraro foco para o torneio que não ganha desde que deixou o Camp Nou.
A era Guardiola no Barcelona tornou-se mítica pelo belíssimo futebol, pela melhor versão de Lionel Messi e pelos títulos vencidos. Foram dois troféus de Champions League, em 2008/09 e 2011/12, além de três por La Liga, duas Copas do Rei e dois Mundiais de Clubes.
Depois do Barça, o técnico assumiu em 2013 um Bayern que vinha de uma tríplice coroa. A expectativa era alta, e Guardiola jamais a cumpriu. A Bundesliga foi conquistada nas três temporadas em que treinador ficou em Munique, mas nada de conquista europeia. O espanhol despediu-se em 2016 sem deixar saudades.
Contratado pelo Manchester City, Guardiola recebeu a promessa de tempo para trabalhar e investimento em reforços. O primeiro ano foi duro, e o Chelsea de Antonio Conte foi campeão inglês. Na Champions League, eliminação para o Monaco de Kylian Mbappé nas oitavas de final.
No ano seguinte, turbinado com contratações e com uma temporada de trabalho, fez temporada histórica na Premier League, mas caiu para o Liverpool nas quartas. Agora Guardiola tem nova oportunidade para vencer a Champions League e despachar um rival do mesmo país no torneio. Títulos nacionais são importantes, mas não será o bastante para os donos do Manchester City.