Nesta segunda-feira (18), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou o fim do consórcio de concessão do estádio do Maracanã com a Odebrecht, empresa responsável por gerir o local. A decisão passa a ter valor dentro de 30 dias.
Ao lado do vice-governador, Witzel alegou que as dívidas da empresa geraram um prejuízo de cerca de R$ 38 milhões, o que se tornou um dos motivos para o rompimento do contrato. A decisão será publicada no Diário Oficial ainda nesta segunda-feira.
Com o Maracanã voltando a ser administrado pelo governo, a ideia de Witzel é conversar com os clubes e as entidades, FERJ e CBF, sobre um novo modelo de administração público-privado.
"O Maracanã tem renda. Vai ser administrado pelo estado em parceria com os clubes. Não vejo dificuldades. A maior dificuldade que vamos ter é de modelar a PPP (Parceria Público Privada), mas não haverá prejuízo nenhum. Os clubes estavam me pedindo. Manter uma empresa condenada em primeira instância não dava".
O governador citou o interesse de árabes num possível investimento no estádio. Além disso, ele afirmou ter ideias para revitalizar o entorno do Maracanã com hotéis, shoppings e parques.
Ele também garantiu que competições como Copa América e Copa Libertadores, para a qual ele colocou o Maracanã como candidato para sediar a final em 2020, não sofrerão qualquer tipo de problema.
COMO FICA A ADMINISTRACÃO DO ESTÁDIO AGORA?
Foi montada uma comissão de análise de propostas com o intuito de desenvolver um novo modelo de gestão para o estádio. A ideia é que uma parceria entre o governo e o setor privado seja feita, não descartada também a chegada de investimentos. É difícil, para não dizer praticamente impossível, que apenas um clube gerencie o local. Por enquanto, o Maracanã ficará sob a tutela da SUDERJ, como acontecia antes da reforma para a Copa do Mundo de 2014.
Nesta terça-feira (19), o Maracanã recebe o jogo entre Madureira e Flamengo, às 20h30. A partida é válida pela quinta rodada da Taça Rio.
