O Flamengo entra em campo neste domingo (13), diante do Santos, no Maracanã. A partida é de extrema importância para o Rubro-Negro que após as eliminações nas Copas precisa mostrar que ainda pode salvar a temporada com o título Brasileiro. Com a semana livre para treinos e apoio incondicional do elenco a Rogério Ceni, o time Rubro-Negro aposta no início de uma arrancada na competição.
No Ninho do Urubu, o comandante escuta sempre elogios. As boas palavras sobre Ceni vão desde treinos intensos a saber ouvir e entender os atletas. Se antes os principais líderes do elenco já aprovavam o técnico, depois das eliminações e a intensa semana cheia de trabalho, ele ganhou ainda mais pontos e demonstrou um lado fraternal.
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Saber entender o momento vivido pelo time que ganhou a Libertadores e o Brasileirão em 2019 e trocar as broncas por apoio e conselhos, não só internamente mas principalmente externamente, fez com que Ceni subisse ainda mais no conceito com o elenco do Rubro-Negro.
Nas entrevistas coletivas, o treinador fez questão de exaltar o desempenho e o esforço dos atletas nos jogos que culminaram nas eliminações. Contra o Racing, por exemplo, ele não poupou elogios a equipe, que acabou saíndo da Libertadores nos pênaltis.
"A gente tem que analisar tudo o que esse time construiu. É sempre um orgulho trabalhar com atletas desse nível. O resultado não expressa o que esse time produziu hoje. Sei da entrega de todos eles. Com 11 jogadores contra 11, um time matando o adversário o tempo inteiro... A gente perde um zagueiro, arrisca tudo e consegue chegar ao empate. Esse talvez seja o grande valor a ser dado.
Se o resultado nos pênaltis fosse diferente, seríamos tratados como heróis. Como não foi, temos que dar explicações. Futebol tem o imponderável, e isso a gente não pode controlar", disse o treinador logo após a eliminação para o time argentino.
Se para a imprensa Ceni fez questão de proteger os atletas, no dia a dia ele vem, por vezes, fazendo de "psicólogo, conversando com os jogadores e tentando construir um elo de confiança. Não à toa, liberou um churrasco com todos os funcionários do CT e os jogadores, na última terça-feira (8), no Ninho do Urubu. Apaixonado por rock, fez questão de liberar o pagode e entrou no clima da confraternização.
Se Ceni faz questão de proteger os atletas publicamente, os jogadores não ficam atrás e levantam sempre a moral do treinador nas entrevistas. Nesta semana, Filipe Luís rasgou elogios ao comandante, a quem descreveu como completo.
"O time vem num a evolução grande. São ideias diferentes, modelos de jogo diferentes, o time vem crescendo, há uma solidez maior. O Ceni é completo, trabalha todos os aspectos. Trabalha absurdamente tudo, mas isso exige um tempo. Exige muito diálogo, mas a gente vai entendendo cada vez mais a ideia para ser um time com a cara do Ceni".
Pedro, que teve sua compra confirmada pelo Flamengo nesta semana, também deixou seus elogios públicos ao treinador.
"Tenho certeza que as eliminações serviram de aprendizado. Mas agora temos tempo para trabalhar com o Ceni. Esta semana tem sido muito boa, ele está implementando as características dele e estamos assimilando muito bem no dia a dia. Tenho certeza que vamos evoluir muito com o Rogério".
Willian Arão, outro jogador importante do elenco, não poupou elogios a Rogério Ceni e até deixou uma indireta ao antigo treinador.
"Treinos muito bons, intensidade alta e ideia de jogo clara. Está sendo muito bom. Tudo que estávamos habituados mas perdemos um pouco, durante um tempo, estamos retomando para atingir o mais alto nível. Nosso time é de intensidade, de pressionar dentro e fora de casa. Estamos fazendo isso".
De fato, Ceni é diferente de Dome, principalmente na metodologia. O catalão seguia a linha do "cruyffismo", onde o jogador é a chave do jogo e tem liberdade para tomar decisões dentro de campo. Já o atual comandante procura deixar tudo bem mastigado, com menos liberdade e mais questões pré-definidas.
Há quem diga que é uma ideia próxima da de Jorge Jesus, mas quem vem acompanhando os trabalhos do Flamengo no dia a dia consegue apontar diferenças importantes entre os dois treinadores. O próprio Filipe Luís fez questão de ressaltar isso.
"Não existem dois treinadores iguais. O Rogério veio com ideias novas. Estamos melhorando. Quem é ambicioso só pensa em ganhar o próximo jogo e ser campeão. Pensar no passado atrapalha".
Depois de uma semana de trabalhos intensos, o Flamengo tem a chance de não só vencer, como também mostrar um bom desempenho diante de um Santos bastante modificado e focado na Copa Libertadores da América.




