Abel Braga não escondeu a felicidade com a boa exibição do Flamengo na vitória por 3 a 0 sobre a LDU de Quito, nesta quarta-feira (14), pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. Os gols anotados por Everton Ribeiro, Gabriel e Uribe deixaram o Rubro-Negro 100% em sua chave, na liderança isolada.
Entretanto, o treinador acredita que o placar poderia ser ainda mais elástico. Isso porque o Flamengo desperdiçou um bom número de chances e, no final do primeiro tempo, poderia ter se complicado caso o goleiro Diego Alves não tivesse defendido o pênalti batido pelo meio-campista Jefferson Intriago.
“Estou contente com a vitória, com o resultado, mas ainda acho que estamos perdendo gol demais. Foram quatro chances claras e eles tiveram o pênalti. Se eles fazem o gol, o jogo muda. Eles mudaram a forma de jogar. Futebol às vezes tu paga, a bola às vezes pune”, disse na entrevista coletiva.
“Se eu perco, vocês estavam me xingando aqui. Não foram só os gols, foi uma luta incessante para ter a bola. Saíram os gols, mas podia ter saído outros três. Eles compraram a ideia. Pega a bola e tenta pressionar imediatamente. Está sobressaindo o coletivo. É claro que individualmente alguns jogadores crescem”, avaliou.
Outros pontos abordados por Abel
Fase de Diego Alves após a polêmica de 2018
“Hoje, ele foi fantástico, porque aquele momento do jogo poderia complicar. Ele é um pegador de pênalti e nos ajudou bastante. Eu liguei para ele (em 2018). O legal de tudo é que essa rapaziada o aceitou. Eu não estava à época, não sei direito como foi o problema. O mais legal foi a forma que o grupo o recebeu novamente. Ele teve uma chance, não importa se o procedimento dele foi certo ou errado. O que importa é que o grupo o aceitou. Ele é um cara muito do bem e está colhendo os frutos”.
Exibição de Everton Ribeiro, eleito melhor em campo
“Eu tenho que dar moral a ele, ele está aqui, tenho que dar moral a ele. Mas outros fizeram grande partida. A maneira como ele entrou no jogo, é um jogador muito adaptado. É uma jogada clara e forte que o Flamengo tem há algum tempo com o Willian Arão e o Pará. O futebol tem dessas coisas. Nossa recuperação de bola é muito boa. A bola foi na lateral e surgiu o pênalti. Se nós tivéssemos aproveitado duas chances das quatro claras que tivemos no primeiro tempo, teríamos liquidado”.
A torcida empurra
“Nós não estamos vivendo do passado, mas o passado nos fez aprender. Você voltar para casa com 60 mil pessoas no estádio nos dá ansiedade. Quantas vezes vimos a bola rodar no zagueiro e, quando eles facilitavam a marcação, a gente espetava. A gente não pode misturar alma e vontade com ansiedade. Com uma torcida como a nossa, às vezes, você se empolga”.




